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Angélica Kvieczynski | Javier Etxezarreta/EFE
Angélica Kvieczynski| Foto: Javier Etxezarreta/EFE

Depois de ficar de ter ficado fora do Mundial de ginástica rítmica de 2014 por um erro da Confederação Brasileira de Ginástica, a paranaense Angélica Kvieczynski perdeu a medalha de bronze na prova individual geral da modalidade nos Jogos Pan-Americanos de Toronto por ter entrado com recurso para aumentar sua nota da série do arco e, assim, recebido uma redução de 0,375 na nota.

Essa perda foi determinante para tirá-la do pódio neste sábado (18). Com a pontuação total de 60,175, a atleta terminou atrás da canadense Patricia Bezzoubenko por apenas 0,244.“Agora o arrependimento bate um pouco, mas acontece. Isso é normal na ginástica rítmica. É para aprender”, afirma Angélica, que, no Pan de Guadalajara, em 2011, havia ganhado o bronze. Já Natália Gaudio, outra brasileira da competição, ficou longe das vencedoras, na oitava posição no individual geral (55,916).

Abatida, Angélica destaca o bom desempenho das adversárias e compara o grau de investimento dos países na modalidade. “O nível estava bem forte, Estados Unidos e Canadá estão investindo muito na ginástica rítmica no individual geral, estão treinando na Rússia, melhor polo do mundo. Eu vim aqui treinando em Toledo (PR) para dar a cara para bater”.

A paranaense se classificou para as quatro finais por aparelhos, mas só na fita teve uma das três melhores notas. “Apesar de não ter conseguido a medalha, tenho me mantido nas cabeças da América há dois ciclos e estou em quatro finais. Tenho chance de quatro finais e vou lutar por isso”, garante.

Kvieczynski demonstrou nervosismo na terceira rotação e deixou as maças irem ao chão, ficando com a nota 14,200. Apesar dos erros, a brasileira conquistou a sexta melhor pontuação e se garantiu na final do aparelho. “Estava um pouco nervosa, minha série é bem difícil. Foi a série que entrei um pouco mais nervosa e acabei falhando. Já tinha competido com ela, mas é bem difícil”, explica. Angélica terá a companhia da compatriota Natália Gaudio, que se classificou na última posição entre as oito finalistas, com 13,733.

A fita era a última chance de Angélica se recuperar e ela fez uma boa apresentação, mas não foi suficiente para retomar o terceiro lugar. Com a segunda melhor nota na fita (15.375), a atleta se garantiu na final do aparelho, assim como Natália no oitavo lugar (13.983).

Na sexta-feira (17), Angélica ficou com 15,100 no arco e 15,500 na bola depois de pedir revisão e ter a nota reduzida pelos árbitros. Com o quarto lugar nos dois aparelhos, a brasileira havia fechado o primeiro dia de disputa na terceira posição geral, atrás das norte-americanas.

Vitória dos Estados Unidos

A norte-americana Laura Zeng impressionou e obteve as melhores notas nas duas apresentações do dia, garantindo a medalha de ouro no individual geral com a nota final 64,575 - o equivalente ao 20º lugar no Campeonato Mundial do ano passado. A prata também ficou com os Estados Unidos: Jasmine Kerber garantiu o segundo lugar depois de fechar sua apresentação com 62,200.

Diferente de todas as outras modalidades pan-americanas, que nos últimos anos se esforçaram para equiparar suas provas com as do programa olímpico, a ginástica rítmica segue distribuindo até cinco medalhas de ouro para o mesmo atleta. Além do individual geral, há também as disputas por aparelhos, no domingo e na segunda. Zeng teve a melhor nota da classificação em três deles.

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