Peneira abre caminho à renovação olímpica

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Faltando pouco menos de três anos para os Jogos Olím­picos do Rio de Janeiro, a ginástica artística do país intensifica o trabalho de garimpagem para o evento esportivo.

VÍDEO: Reportagem mostra a preparação das atletas no Centro de Excelência de Ginástica em Curitiba.

Ao longo desta semana, em Curitiba, 15 meninas participaram do camping de treinamento – espécie de peneira – no Centro de Excelência de Ginástica (Cegin), justamente atrás de um espaço no time nacional de 2016. O trabalho já havia ocorrido ao longo deste ano na cidade de Rio Claro, interior de São Paulo.

Acompanhadas de seus treinadores, as atletas passaram cerca de sete horas diárias executando atividades para aprimoramento dos exercícios, sob a avaliação do técnico da seleção brasileira, o russo Alexander Alexandrov. Ele comanda a peneira em busca de novos nomes para o time nacional.

Nem mesmo a veterana Daniele Hypólito, 29 anos, escapou das observações. Ela aproveitou a atividade para finalizar sua preparação para o Mundial de Ginástica Artística da Bélgica no final do mês e aposta neste trabalho de aprimoramento para reforçar o grupo olímpico.

"Quem irá para a Olim­píada será decidido daqui pra frente. E esses ­campings, que começaram com o Alexandrov, são importantes porque servem para já ir analisando quem de fato treina, ou não treina, quem faz um elemento novo, quem se estabilizou, ou seja, quem está fazendo as coisas", diz ela.

Para a técnica da equipe do Cegin, Iryna Ilyashenko, o ritmo que é imposto nesse tipo de treinamento serve para aperfeiçoar ainda mais as ginastas, o que irá ajudar na formação de um grupo de qualidade no futuro próximo.

"Essa rotina é boa, pois as atletas têm concorrência entre elas, com um ritmo acelerado de treino. Isso forma um grupo de meninas fortes, que se juntam às adultas, mais experientes, como a Daniele e a Letícia [Costa], que estão indo para o Mundial", explica a ucraniana.

Letícia Costa, de 18 anos, cortada por avaliação técnica da equipe dos Jogos de Londres, em 2012, parece determinada a fazer parte do grupo na edição olímpica brasileira. Ela também vai ao Mundial da Bélgica e se preparou esta semana na capital paranaense.

"Em 2012 foi uma tristeza, já que na ginástica a gente não sabe o que pode acontecer. Como não fui no ano passado, em 2016 eu vou, querendo ou não", afirma.