Sem um lugar no Congresso, ao não conseguir a reeleição como deputado federal, Acelino Popó Freitas sonha em voltar ao boxe profissional. Aos 39 anos, o ex-campeão mundial dos superpenas e leves chegou a desafiar os astros Floyd Mayweather e Manny Pacquiao, mas parece se contentar em disputar o inexpressivo cinturão da Federação Mundial de Boxe. O combate pode ser em maio, no Mangueirinho, para 12 mil pessoas, em Belém.
"Eu não vou voltar lutar por dinheiro, vou voltar por um desejo pessoal e pela vontade de trazer mais uma alegria aos brasileiros que ainda acreditam no meu potencial", explicou Popó que lutou pela última vez em 2 de junho 2012, quando derrotou o também brasileiro Michael Oliveira, em Punta del Este, no Uruguai, por nocaute técnico no nono assalto.
Além da idade e da inatividade, Popó tem o obstáculo do peso. Atualmente com cerca de 80 quilos, ele terá de perder 14 quilos para se enquadrar na categoria dos meio-médios (66,678 quilos). "A preparação é longa, mas vou encarar. E venho me preparar aqui em Belém, esta cidade que sempre me apoiou, e quero lutar aqui", avisou.
Popó teve o auge da forma como superpena (59 quilos), quando acumulou a maioria dos seus 33 nocautes nas 39 vitórias - o brasileiro também foi derrotado duas vezes na carreira (para os norte-americanos Diego Corrales e Juan Diaz).
Ele foi campeão pela primeira vez em 1999, quando venceu o casaque Anatoly Alexandrov, por nocaute no primeiro assalto. Na ocasião, conquistou o cinturão dos superpenas, versão Organização Mundial de Boxe (OMB). Em 2002, veio o cinturão da Associação Mundial de Boxe (AMB), ao bater o cubano Joel Casamayor, por pontos.
Já entre os leves, o brasileiro sagrou-se campeão pela OMB em 2004, ao derrotar, por pontos, o usbeque Artur Grigorian. Dois anos depois, veio o quarto título, novamente dos leves pela OMB, diante do norte-americano Zahir Raheem.
Popó abandonou os ringues em 2007, após perder para Juan Diaz, por nocaute técnico no assalto. Voltou em 2012 contra Michael Oliveira e, então, pendurou as luvas pela segunda vez.
Deixe sua opinião