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O Maringá Vôlei em  treinamento para a Superliga, que inicia em outubro. | Rodrigo Araújo/Maringá Vôlei
O Maringá Vôlei em treinamento para a Superliga, que inicia em outubro.| Foto: Rodrigo Araújo/Maringá Vôlei

Após o desmonte da quadra de vôlei da Arena da Baixada, montada para o amistoso da seleção brasileira masculina, o que sobra da festa é um panorama preocupante para a modalidade no Paraná. Não há clubes na capital nem ginásios para comportar jogos de alto nível.

Sobrevivem iniciativas do interior, como o Maringá Vôlei e o Caramuru Vôlei, de Castro, equipes bancadas por patrocinadores. Projetos que suprem apenas parcialmente a carência local e evidenciam o abismo de estrutura diante das principais praças de vôlei do país.

O Maringá tem orçamento na faixa de R$ 4 milhões ao ano, cerca de um terço da média dos principais clubes nacionais. Brigou para não cair na última edição da Superliga. Em 22 jogos, foram sete vitórias e 15 derrotas e o 11.º lugar.

A equipe caiu, mas conseguiu voltar após ficar em segundo no triangular de acesso e contar com a desistência do São José-SP, que abriu mão da própria vaga justamente por falta de recursos para a temporada 2016-2017.

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“É uma luta constante, diária, para nos mantermos entre as principais equipes com um dos orçamentos mais baixos da Superliga”, afirma o levantador e presidente do clube Ricardinho, ex-seleção brasileira.

“Contamos com o apoio de pequenas, médias e grandes empresas para podermos contratar jogadores, até quem sabe, campeões olímpicos. Isso depende muito do investimento de empresários”, alega.

Aos 40 anos, Ricardinho é representante de uma geração de atletas que se acostumou a ver o Brasil no alto do pódio, mas ainda luta para ver os resultados na quadra transfigurarem em projetos de longo prazo.

“A cobrança dos patrocinadores por resultados obviamente acontece, mas os que estão presentes com a gente nesse momento entendem a dificuldade, a luta da diretoria em fazer as contratações com um orçamento baixo”, comenta Ricardinho.

A equipe paranaense teve a melhor média de público da Superliga nas duas primeiras temporadas que disputou. Em 2015-2016, mesmo com a má campanha, teve a segunda melhor média, com mais de 1.400 torcedores por jogo.

O Ginásio de Esportes Francisco Bueno Netto, mais conhecido como Chico Neto, tem capacidade para 4.538 pessoas. “Maringá é uma cidade apaixonada por voleibol, que entende e acompanha a gente”, afirma Ricardinho.

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Se Maringá briga para seguir entre as principais forças do voleibol nacional, o caso do Caramuru Vôlei, com sede em Castro, é ainda mais complicado. A diretoria do clube acredita ser possível se manter na Superliga 2016-2017 mesmo sendo o menor orçamento entre as doze equipes – R$ 800 mil/ano.

No ano passado, o orçamento anual foi de R$ 180 mil reais. “Nosso objetivo inicial é se manter entre os dez principais clubes do campeonato. Se conseguirmos, certamente na próxima temporada teremos mais orçamento e mais patrocínios”, acredita Fábio Sampaio, técnico e idealizador do clube.

Entre as mudanças de uma temporada para outra, o ginásio foi reformado para se adaptar às exigências da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Com a mesma base campeã da Superliga B no começo do ano, o clube também conta com a experiência na diretoria de dois ex-jogadores de alto nível, Marcelo Negrão e Toaldo.

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