Os velejadores Bruno Prada e Robert Scheidt, que conquistaram o bronze em Londres, terão destinos diferentes a partir de agora. A dupla que compete na classe Star possivelmente será separada caso o Comitê Olímpico Internacional decida retirar a categoria da Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016. Nesta quarta-feira (15), em entrevista coletiva na cidade de São Paulo, os velejadores se emocionaram ao anunciarem o fim da parceria.
"A decisão da Federação Internacional de Vela (Isaf) de acabar com a classe Star é questionável. É algo que vai contra o que a vela almeja, já que é a categoria de maior prestígio. Como ainda vão ter eleições para a presidência do COI e da Isaf, a decisão pode ser revertida. Existe um movimento grande para não acabar com a classe, mas não tem nada a ser feito além de aguardar e treinar em outras regatas e categorias", disse Scheidt. Se consolidado o fim da categoria para os próximos Jogos Olímpicos, Bruno voltará para a classe Finn e Scheidt para a Laser, nas quais velejaram anteriormente.
Na Finn, Prada velejou por 15 anos antes da atual parceria. Já seu companheiro Scheidt, foi bicampeão olímpico e octacampeão mundial na Laser. "É uma classe que conheço, na qual já tive bons resultados e acredito que ainda posso ser competitivo. Foram oito anos na Star e agora vou retornar para a Laser. Pretendo competir em algumas provas para me testar, saber como estou", lembrou Scheidt. Para Bruno, a mudança não será tão simples. "Vai ser um processo duro de readaptação, pois vou ter de perder 10 quilos. Ainda assim, acho que posso me dar bem", finalizou. Apesar da provável ausência na Olimpíada do Rio, a dupla tentará participar de competições internacionais como o Campeonato Europeu e o Mundial, caso a agenda permita. "Queria deixar claro para todo mundo que a dupla não vai acabar. Podemos nos separar para os Jogos Olímpicos, mas a dupla é eterna. Sempre que pudermos competir juntos, nós iremos", afirmou Bruno Prada.
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