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Andy Murray posa ao lado da estátua de Fred Perry, o último britânico antes dele a vencer Wimbledon, em 1936 | Chris Helgren / Reuters
Andy Murray posa ao lado da estátua de Fred Perry, o último britânico antes dele a vencer Wimbledon, em 1936| Foto: Chris Helgren / Reuters

Andy Murray esteve na final dos quatro últimos torneios do Grand Slam que disputou, conquistando dois títulos (US Open e Wimbledon) e perdendo dois (Wimbledon e Aberto da Austrália). Além disso, faturou a medalha de ouro olímpica nos Jogos de Londres no ano passado. Mesmo assim, ainda está longe de assumir a liderança do ranking: ocupa o segundo lugar com 9.360 pontos, atrás do sérvio Novak Djokovic, que tem 12.310. Mas isso não abala o tenista escocês de 26 anos, que minimizou a busca pelo posto de número 1 do mundo.

"Eu prefiro nunca ser o número 1 e ganhar mais torneios do Grand Slam do que nunca ser campeão novamente do Grand Slam e chegar ao posto de número 1. Quero ganhar mais títulos de Grand Slam", afirmou Murray, em entrevista coletiva nesta segunda-feira em Londres, um dia depois de ter sido campeão de Wimbledon, com a vitória justamente sobre Djokovic na final - assim, ele acabou com um jejum de 77 anos sem título de um britânico no torneio londrino, desde a vitória de Fred Perry na edição de 1936.

Apesar de já ter 28 títulos na carreira, Murray não conseguia ser campeão no Grand Slam até a temporada passada. Chegou bem perto na edição anterior de Wimbledon, quando perdeu a final para o suíço Roger Federer. Logo depois, porém, ganhou o US Open. Neste ano, o escocês chegou à decisão do Aberto da Austrália (perdeu para Djokovic) e não disputou Roland Garros por causa de contusão. Agora, teve nova chance em Wimbledon e não desperdiçou, para delírio da torcida britânica que lotou a quadra central no domingo.

Na entrevista desta segunda-feira, Murray foi perguntado se assumir a liderança do ranking seria seu próximo objetivo. "Eu não sei. É difícil para mim, porque agora eu ganhei dois títulos de Grand Slam e a medalha de ouro olímpica, mas não estou nem perto de ser o número 1. Não sei exatamente a razão disso", afirmou o escocês, admitindo depois que talvez precise "ser mais consistente nos outros eventos" do circuito. Agora, porém, ele já tem que pensar na defesa de seu título do US Open, a partir do dia 26 de agosto.

"Espero não perder esse desejo de ser campeão. Quero poder manter essa motivação. Sei como é perder uma final de Wimbledon e também sei como é vencer. E é muito melhor vencer. É preciso muito trabalho duro para merecer isso", disse Murray, que, segundo a imprensa inglesa, pode até receber o título de Sir após a conquista de domingo em Wimbledon. "Como todos esperavam por isso há muito tempo (um campeão britânico no torneio), isso tem sido sugerido (a honraria da realeza britânica), mas não sei se esse feito é merecedor."

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