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Todas as luzes para o Rei do Saibro: Rafael Nadal suou, mas chegou à decisão do Brasil Open | Paulo Whitaker/ Reuters
Todas as luzes para o Rei do Saibro: Rafael Nadal suou, mas chegou à decisão do Brasil Open| Foto: Paulo Whitaker/ Reuters

Quadra ruim

As quadras de saibro no Ginásio do Ibirapuera e do Mauro Pinheiro (teve um palco interditado), locais das partidas, foram criticadas por alguns jogadores. Depois de torcer o tornozelo devido a um buraco, o alemão Dustin Brown fez comentários nada elogiosos à estrutura do torneio em sua página no Twitter. Ganhou o apoio dos brasileiros. "A quadra não está boa. Tem muito buraco e toda hora [a bola] quica errada", disse Guilherme Clezar à Folha de S. Paulo. "Todas as quadras de terra batida são construídas de última hora, é muito difícil que as condições sejam perfeitas", amenizou Nadal.

R$ 24 mil

Rafael Nadal dispensou o esquema de segurança especial e os carros particulares que seriam cedidos durante sua passagem por São Paulo, mas fez questão de ficar hospetado em uma suíte presidencial de um hotel de luxo no centro da cidade, cujo valor da diária é R$ 24 mil.

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Final do Brasil Open (Nadal x Nalbandian), às 13 h, na Band, BandSports e SporTV 2

Castigado pela estrutura precária, falta de ídolos e um imenso vácuo desde a aposentadoria de Gustavo Kuerten, em 2008, o tênis brasileiro engatinha uma guinada. Pelo menos fora das quadras. Impulsionado pela presença do multicampeão Rafael Nadal, o país voltou ao cenário internacional com a realização do Brasil Open, em São Paulo – a decisão será hoje, a partir das 13 horas, entre o próprio Nadal e o argentino David Nalbandian.

Independentemente de quem levantar o troféu do único torneio da série ATP disputado por aqui, o tênis nacional tem muito a comemorar. Atrelado à presença do espanhol heptacampeão de Roland Garros, em recuperação depois de oito meses parado por causa de lesão no joelho, os paulistanos compraram a ideia do torneio. O público lotou o Ibirapuera em plena terça-feira de carnaval para ver a estreia do convidado de honra, ao lado do argentino rival desta tarde, na vitória sobre os espanhóis Pablo Andujar e Guillermo García López, nas duplas.

E voltou a encher as arquibancadas em todos os momentos em que Nadal entrava em quadra. "A gente sabia que desde o anúncio da presença do dele [Nadal] a procura por ingressos iria aumentar. E aconteceu. A movimentação foi maior que no ano anterior, desde a primeira rodada, com estádio sempre lotado. É difícil de acontecer isso, até mesmo nos grandes torneios do mundo. Aqui foi uma grata surpresa", afirmou o gerente do Brasil Open, Roberto Burigo.

A meta agora é dar o passo seguinte. Passar para dentro da quadra, já que Brasil, definitivamente, não teve sucesso nessa edição. Nenhum brasileiro chegou às quartas de final no simples. João Souza, o Feijão, foi derrotado pelo próprio Nadal na quinta-feira. Número 1 do país e 35 do mundo, Thomaz Bellucci foi batido com certa facilidade pelo italiano Fillipo Volandri.

"Durante muito tempo o grande problema das competições no Brasil foi a presença de poucos jogadores de renome mundial. E agora, em três meses, tivemos três campeões aqui. Primeiro o [Novak] Djokovic, depois o [Roger] Federer [em eventos promocionais] e agora o Nadal. Isso é de extrema importância para o desenvolvimento do tênis do Brasil", afirmou o ex-jogador Fernando Meligeni, comentarista dos canais ESPN.

Procurada pela reportagem para comentar o assunto, a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) não quis se manifestar.

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