Primeiro Mundial deixa Marchioro empolgada

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Após alcançar o índice para o Campeonato Mundial de Barcelona, a nadadora curitibana Alessandra Marchioro se divide entre o entusiasmo e a ansiedade para o início da competição. A paranaense se garantiu com o vice-campeonato dos 50 m livre no Troféu Maria Lenk, na última quarta-feira, com o tempo de 25s17. A campeã brasileira foi a gaúcha Graciele Hermann, que chegou dez milésimos à frente. O torneio internacional será realizado de 19 de julho a 4 de agosto deste ano.

Marchioro, que completa 20 anos no mês que vem, disputará o Mundial adulto pela primeira vez. "Estou muito feliz com o resultado e confiante em relação ao Mundial. Acho que todo o treinamento foi um grande passo, e só tende a melhorar. Quero representar o Brasil da melhor forma possível", comenta.

Sobre a rivalidade com Graciele Hermann, Ales­­san­­dra não nega a competitividade, porém tem uma visão saudável a respeito da concorrência. "Dentro da piscina, com certeza ela é uma rival. Mas fora da piscina todo mundo é amigo, não tenho nada contra ela", garante. De acordo com a paranaense, o fato de existir uma nadadora forte em disputa com ela é importante, e a incentiva a melhorar o seu próprio desempenho. Apesar de o tempo no Maria Lenk ter sido o melhor de sua vida, Alessandra ainda ambiciona baixar dos 25 segundos na prova dos 50 m.

Hilton Marchioro, empresário e pai da atleta, avalia positivamente a conquista e observa que o tempo é o 15.º do mundo – uma boa marca para quem tem somente 19 anos. Segundo o pai, o foco da atleta está na Olimpíada de 2016, no Rio. E acrescenta: apesar de nadar por clubes cariocas, Alessandra não vai deixar de treinar em Curitiba.

Ela não permanece atuando profissionalmente na cidade por falta de investimento dos clubes locais. "O apoio da federação e dos times é incipiente. Pensa-se em resultados imediatos, mas não em longo prazo", critica Hilton.

Uma das principais apostas do Comitê Olímpico Bra­­­­sileiro (COB) para 2016, Alessandra Marchioro encara essa responsabilidade como uma motivação extra, um desafio importante para sua carreira.

Outra razão de satisfação para ela é levar o nome de sua cidade ao cenário nacional e internacional. "Eu realmente espero que Curitiba dê valor a essa conquista. Ainda tenho muita vontade de voltar profissionalmente à minha cidade natal, pois gosto muito dela", finaliza.