Estadual terá jogo no estilo fantasy
Pioneiro no Brasil, o Paranaense de futebol americano traz novidades para a disputa de 2013. Desde a primeira rodada, que começa neste final de semana com quatro jogos (Spiders x Phantoms e Saints x Sharks, neste sábado, e Predadores x Legends e Crocodiles x Hurricanes, no domingo), o torneio aposta em um fantasy game online, no estilo do conhecido Cartola FC.
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"O objetivo é promover os jogadores e o campeonato. É um jogo inédito para o esporte no país e está trazendo muitos curiosos, principalmente aqueles que querem aprender um pouco mais sobre o jogo", explica o presidente da Federação Paranaense, Adan Rodriguez.
Segundo ele, a expectativa é de mil usuários cadastrados no primeiro ano da atração.Outra inovação do torneio é a criação do primeiro Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol Americano, que será responsável por julgar as infrações disciplinares do torneio.
Em campo, a briga é para tentar desbancar o Crocodiles, que venceu os quatro Paraná Bowl já disputados. A fórmula de disputa é simples. São dois grupos de quatro, em que se classificam os dois melhores após duelos de ida e volta. A semifinais são em cruzamento olímpico e jogo único, assim como a grande final.
A quinta edição do Campeonato Paranaense de Futebol Americano começa neste sábado (9), às 14h, com o recorde de oito equipes participantes. O Interior estado é representado por Ponta Grossa Phantoms e Foz do Iguaçu Black Sharks, enquanto a capital abrigaria originalmente os outros seis clubes. A frase na condicional, entretanto, se faz necessária já que apenas um time de Curitiba realmente deve atuar em casa durante todo o torneio. Sem apoio, o futebol americano curitibano migrou para Região Metropolitana.
Almirante Tamandaré, Campo Largo, Colombo e Piraquara entraram na rota da bola oval de forma involuntária. De acordo com representantes dos clubes, o pouco caso de Curitiba com o esporte e a dificuldade em descobrir e pagar pelos escassos campos de jogo forçaram o êxodo.
"Não tivemos opção, infelizmente. Precisávamos de mais ajuda da prefeitura. Mas pelo menos podemos difundir o esporte em outros lugares", argumenta o administrador Leandro Morozowski, 36 anos, vice-presidente do Curitiba Brown Spiders. Na capital, restou apenas o UFPR Legends, que atua em um campo da própria universidade.
Fundado em 2001, o Spiders conseguiu abrigo em Almirante Tamandaré e jogará de graça no Estádio Municipal Joaquim Dalledone. Em contrapartida, os atletas vão ministrar aulas mensais para crianças da rede municipal de ensino.
"Jogávamos no campo do Imperial [no bairro Mossunguê] por um valor razoável, mas o custo elevou. Agora estão cobrando R$ 1,4 mil de aluguel", reclama Morozowski. Para ele, o valor é alto demais para um esporte ainda amador.
O Hurricanes é outro que precisou se mudar. Desde o ano passado, o clube tirou a palavra Curitiba do nome oficial e fez as malas para Campo Largo. A diretoria investiu em uma parceria com o Fanático, equipe de futebol amador, e transformou o Estádio Ângelo António Cavali na Arena Hurricanes.
"O pessoal da região metropolitana está mais aberto. O jogo se torna o evento do dia na cidade. O pessoal vai com a família e não há brigas. Todo mundo se tolera", atesta o empresário Clayton Martins, 34, presidente da equipe. Ele espera manter a média de 800 pagantes por confronto no Estadual - em média, o ingresso para o campeonato custa R$ 10.
Enquanto o Curitiba Predadores está locado em Colombo e os novatos do Curitiba Guardians Saints foram adotados pela prefeitura de Piraquara inclusive com um projeto social com aulas semanais o atual tetracampeão Coritiba Crocodiles está sem local para mandar suas partidas após também deixar o estádio do Imperial.
No domingo, às 15h, quando estreia no torneio diante do Hurricanes, o vice-campeão nacional ainda jogará em Curitiba, no campo do União Capão Raso, no Novo Mundo. Depois disso, a busca por uma casa continua. E a vizinhança da bola oval de Curitiba pode ganhar um novo membro em breve.
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