Treinar diariamente, superar lesões e ainda ser o executivo de negócios são rotinas que Ricardinho, de 41 anos, tenta conciliar há quatro temporadas no Maringá Vôlei, onde o campeão olímpico de 2004 é presidente e levantador. “O objetivo é ter uma equipe competitiva, manter os patrocinadores e colaboradores e seguir ajudando a equipe em quadra”, define o levantador, que por ora nem cogita falar em aposentadoria.
A jornada dupla e a pressão de manter um clube financeiramente viável cobram alto. Além de perder alguns treinos por causa da agenda empresarial, o veterano atleta vem sofrendo com contusões. Nesta temporada, teve uma lesão na panturrilha e viu a equipe, que disputa a Superliga, oscilar. No torneio que tem 10 dos 12 campeões olímpicos em ação, a equipe paranaense é a vice-lanterna, repetindo as dificuldades do ano anterior – em 2016, caiu para a Superliga B, mas se manteve na elite com a desistência do São José.
Estreante na Superliga, Castro encara “luta desigual” para permanecer na elite
Leia a matéria completaAlém de Ricardinho, Léo, Michael e Ualas, todos titulares, desfalcaram a equipe, que só está à frente do estreante Caramuru Castro na classificação. “Os lesionados não jogaram sete, oito partidas. Isso foi uma grande dificuldade nossa”, explica o levantador.
Fora de quadra, a falta de continuidade que atinge muitos clubes no país aparentemente não preocupa o dirigente. “O planejamento para o ano continua o mesmo, com os mesmos objetivos. Para os investidores, fazer parte da Superliga tem um retorno em mídia e marketing muito bom, independentemente dos resultados”, diz.
Com duas vitórias nos onze primeiros jogos, Ricardinho reconhece que a campanha está longe das projeções iniciais. “Nossa campanha está abaixo do esperado. Todos nos cobramos”, conta. Na atual posição, o clube cairia de divisão. “Não me passa pela cabeça disputar a Superliga B. Nosso foco é buscar a classificação entre os oito primeiros”, conta.
Em tese, cinco vitórias em onze jogos garantiriam a classificação, entretanto a tabela inicial do returno é pesada: Sesi (2.º colocado), Taubaté (4.º), Brasil Kirin (5.º) e Sada Cruzeiro (1.º). “Os primeiros colocados estão com um nível muito bom e muita confiança. Fica difícil tirar pontos deles. Temos que conquistar as vitórias em cima desses times do meio da tabela para baixo para classificar à próxima fase”, projeta Ricardinho.
A equipe volta às quadras neste sábado (7), às 18 horas, na abertura do returno da Superliga. A missão é indigesta: pela frente, o Sesi de Bruninho, Lucão, Serginho e Douglas, em São Paulo. O clube paulista é o vice-líder da competição.
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