O handebol garantiu nesta quinta-feira mais uma medalha - ainda sem cor definida – para a conta do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Invicta, a seleção masculina cresceu ao longo da partida e superou o Chile por 34 a 24 na semifinal. Com a vitória, brigará pelo ouro no próximo sábado, às 21 horas (de Brasília).
Na decisão, a seleção brasileira encara o vencedor do confronto entre Uruguai e Argentina. Um duelo com os argentinos reeditaria a final do Pan de Guadalajara, de 2011, quando o Brasil amargou a medalha de prata – somando Jogos e campeonatos pan-americanos, brasileiros e argentinos se enfrentaram em dez finais seguidas e o Brasil perdeu as últimas quatro.
Desde que o handebol entrou para o quadro do Pan, nos Jogos de 1987, em Indianápolis, o Brasil sempre subiu ao pódio. O país foi bronze nesse ano e depois sempre esteve na decisão, com o ouro em 2003 e 2007 e a prata em 1991, 1995, 1999 e 2011, quando perdeu para a Argentina.
A caminhada da seleção até a semifinal foi bastante tranquila. O time masculino bateu o anfitrião Canadá por 34 a 17 na estreia, arrasou o Uruguai por 38 a 18 na sequência e, na última rodada da fase preliminar, atropelou a República Dominicana por 48 a 18.
O time comandado pelo técnico Jordi Ribera começou o jogo em um ritmo lento, atrás no placar, sofrendo para passar pela marcação dos chilenos e deixando os rivais jogarem com mais liberdade. Após acertar o sistema defensivo, os brasileiros arrancaram alguns contra-ataques e se colocaram na briga.
O ponta Fábio Chiuffa aproveitou bem o espaço no lado direito da quadra e, a partir disso, o Brasil deslanchou no jogo. As defesas de Bombom, especialmente dos 9 metros, e o bom aproveitamento do pivô no ataque também ajudaram o País a abrir vantagem. O placar marcava 19 a 12 para os brasileiros no fim do primeiro tempo.
O segundo tempo começou mais brigado, com os chilenos apertando a marcação e dificultando a vida dos brasileiros no ataque. Punições de dois minutos foram aplicadas aos dois times pelo contato mais forte entre os jogadores. Impaciente, o Brasil desperdiçou chances de gol, enquanto Chile encontrou um buraco na defesa rival e somou algumas bolas.
O pivô Esteban Salinas carregou o time chileno nas costas, com 10 gols. Pelo lado do Brasil, Oswaldo teve uma boa atuação na segunda etapa e até recebeu marcação individual do adversário. Após defender um tiro de 7 metros, o goleiro Maik pediu vibração do banco de reservas. O que não faltou foi empolgação dos “chapolins”, vestidos nas cores verde e amarelo, que empurraram os jogadores das arquibancadas aos gritos de “adiós, Chile”.
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