O times de futebol na Espanha, na Inglaterra e até China podem nos surpreender com a capacidade que têm de gastarem fortunas em contratações de atletas. Mas está nos Estados Unidos a liga esportiva mais rica do mundo. Se a Liga Inglesa celebra o fato de ter um contrato de três anos que gera US$ 8 bilhões (R$ 31,9 bilhões) aos clubes, a National Football League (NFL) divide entre suas 32 franquias US$ 7 bilhões (R$ 27,9 bilhões) por ano. Isso considerando que, por ano, são 380 jogos na Inglaterra contra 265 partidas no futebol americano.
Com valor de US$ 4 bilhões (R$ 15,9 bilhões), o Dallas Cowboys é a marca esportiva mais valiosa do mundo, de acordo com lista publicada em setembro passado pela Forbes. O Real Madrid, da Espanha, aparece em segundo. O time de Cristiano Ronaldo vale US$ 3,26 bilhões (R$ 13,4 bilhões). Entre as 30 equipes esportivas de maior valor no planeta, nada menos do que 17 são franquias da NFL. Beisebol e basquete também aparecem na lista e só quatro times não são americanos: Real Madrid, Barcelona, Manchester United e Bayern de Munique.
Não é coincidência que o Cowboys tenha também a melhor média de público de eventos esportivos no mundo. Em 2014-2015, foram 90.069 torcedores em cada um dos oito jogos da temporada regular. A NFL teve média de 68.776. Segunda colocada na lista, a Bundelisga, da Alemanha, teve média de 43.500 por partida. A Liga Inglesa teve 36.695 torcedores em média.
Contratos milionários de Newton e Manning
O Super Bowl 50, que ocorre no domingo (7), às 21 horas, é exemplo da megalomania dos números do futebol americano profissional. No domingo, o comercial de 30 segundos transmitido para os Estados Unidos custará US$ 5 milhões (R$ 19,9 milhões) neste ano, um recorde. Com a alta audiência e diversidade do público, os comerciais são alguns dos mais assistidos na televisão americana. Uma campanha bem sucedida, como a da Apple em 1984, é capaz de marcar o nome da empresa para sempre.
Os jogadores também podem comemorar. Neste domingo, os vencedores receberão um bônus de US$ 97 mil (R$ 387 mil). Mesmo os derrotas, não sairão de mãos abanando. Eles receberão US$ 49 mil cada (R$ 195 mil). Os bichos do Super Bowl podem ser considerados baixos, já que o piso salarial da liga é de US$ 435 mil (R$ 1,735 milhão). Entre os atletas que se enfrentam no domingo, Cam Newton, quaterback do Panthers, tem o maior salário na temporada: US$ 103,8 milhões (R$ 414,4 milhões) por cinco anos. Jogador da mesma posição, Peyton Manning recebe US$ 34 milhões (R$ 135,6 milhões) por duas temporadas.
Os salários milionários podem levar a crer que jogar na NFL é passaporte para uma vida de conforto e tranquilidade. A verdade, no entanto, é que um em cada seis jogadores quebraram após a aposentadoria. No ano passado, uma estudo da National Bureau of Economic Research (NBER) revelou que 16% dos ex-atletas foram à falência. Em 2012, a ESPN lançou o documentário Broke sobre o tema — atletas de outros esportes americanos, como o basquete, também são citados.
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