O Super Bowl, decisão do futebol americano, ocorre neste domingo (5), às 21 horas (de Brasília), no NRG Stadium, em Houston, no Texas. Porém, a 51ª edição do evento, disputada por New England Patriots e Atlanta Falcons, pode ir além da definição do dententor do troféu Vince Lombardi.
O resultado do confronto pode marcar o fim de duas das maiores discussões dos esportes norte-americanos e encerrar definitivamente os debates sobre quem foi o melhor quarterback e o melhor técnico de todos os tempos, premiando Tom Brady e Bill Belichick, respectivamente, ambos dos Patriots.
Líderes de uma dinastia azul e prateada, que moveu para a região de Boston boa parte das atenções da NFL, eles poderão sacramentar o status de dupla definitiva do esporte e calar críticos que são reticentes em colocá-los acima dos demais.
“Já são os maiores. Nem precisamos vencer para sabermos isso. É um caso encerrado”, disse Julian Edelman, wide receiver dos Patriots. “Nós, colegas de time, sabemos que eles estão no topo. Os números também dizem isso”, afirmou o kicker Stephen Gostkowski.
Maiores vencedores em playoffs, as duas lendas lideram em vitórias no Super Bowl. Porém, o triunfo contra os Falcons significa assumir a liderança isolada nas suas funções.
Brady tem quatro anéis de campeão, ao lado de Terry Bradshaw e Joe Montana; mesmo número de conquistas de Belichick , que está empatado com Chuck Noll.
Apesar do apoio dos parceiros e das estatísticas que já colocam o jogador de 39 anos e o treinador no topo, vários analistas evitam definir os dois como os melhores da bola oval devido a polêmicas menores.
O técnico ainda é criticado pelo Spygate, de 2007 — quando autorizou sua equipe a filmar adversários a partir de locais proibidos dos estádios e assim “roubar” sinais passados a jogadores. Já o quarterback, por sua vez, perdeu as quatro primeiras partidas da atual temporada devido ao Deflategate — caso no qual teria solicitado que bolas fossem levemente desinfladas, facilitando a aderência à sua mão. Entretanto, caso vençam o jogo desse fim de semana os dois serão os maiores detentores de anéis do Super Bowl nas suas funções e provarão que nenhum dos episódios polêmicos foi determinante para o sucesso impressionante que os dois tiveram individual e coletivamente.
Mas o caminho dos Patriots no domingo não será fácil. A disputa na maior cidade texana será épica. A melhor defesa da liga, do N ew England, enfrenta o melhor ataque, do Atlanta.
Brady, que tem como principais características a liderança e a inteligência dentro de campo, terá como oponente Matt Ryan, quarterback preciso, que deve ser escolhido como o MVP, jogador mais valioso da temporada e que comanda um ataque arrasador, sem perder oportunidades claras, conquistando praticamente uma primeira descida a cada lançamento bem-sucedido.
Bilichick terá como oponente Dan Quinn, apenas no seu segundo ano como técnico principal, mas que tem mostrado que a agressividade na busca pelo touchdown pode sim dar resultados.
Analistas norte-americanos são praticamente unânimes em afirmar que o Super Bowl LI (51ª edição) – com mais de 150 milhões de espectadores nos EUA e show de Lady Gaga no intervalo – será uma disputa inesquecível pela qualidade das equipes, diferente do que aconteceu no ano passado, quando o instável Denver Broncos foi o campeão.
Se a discussão sobre os melhores acabará, apenas saberemos no fim de domingo. O que já se sabe é que os nomes de Brady e Belichick já estão gravados na história e suas indicações ao Hall da Fama são certas. Porém, os dois terão que mostrar serviço na partida, porque em uma disputa que envolve tantos fatores como a de Houston, definitivamente nome não ganha jogo.
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