O projeto de construção do Complexo Esportivo de Deodoro, um das áreas de competição da Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, está com pelo menos 15 meses de atraso. É o que aponta relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovado nesta quinta-feira. Os ministros do TCU determinaram que o órgão manterá uma fiscalização permanente sobre a prefeitura do Rio, responsável pelo empreendimento. Essa obra é estimada em R$ 308 milhões.
O Complexo será erguido com recursos da União, que serão repassados à prefeitura do Rio. O Complexo Esportivo de Deodoro abrigará as modalidades e hipismo, tiro, esgrima, pentatlo moderno, canoagem slalom, ciclismo (BMX e mountain bike) e hóquei sobre grama. Parte dos equipamentos foi construída durante os Jogos Pan-Americanos de 2007 e será reformada.
Novos equipamentos também serão erguidos.O Tribunal pediu à prefeitura do Rio que enviasse o cronograma do andamento desse projeto. Em resposta, o governo municipal informou que ainda não havia cronograma.
Os técnicos do TCU então utilizaram um cronograma que era usado pela prefeitura até 2011. Por esses dados, foi possível "identificar um atraso de aproximadamente quinze meses, o qual poderá prejudicar a qualidade e a efetividade das ações previstas para a conclusão do empreendimento, seja no que tange ao cumprimento do prazo final programado, seja no cumprimento dos requisitos de desempenho previstos".
O governo do Rio ainda está escolhendo a empresa que vai elaborar os projetos das obras quando, pelo cronograma antigo, já deveria estar com esses projetos concluídos. A empresa vencedora dessa concorrência ainda terá quase um ano para apresentar os projetos definitivos das obras.
"É possível vislumbrar claramente o risco de que as instalações não estejam prontas em julho de 2015, mês em que se previu a realização dos eventos teste", afirma o órgão de controle.
Além da fiscalização do projeto do Complexo de Deodoro, o TCU também apontou discrepâncias na licitação do Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec) da UFRJ, que vai servir para fazer testes de doping durante os jogos. O Tribunal determinou correções no contrato da obra, estimada em R$ 85 milhões, que já está em andamento.
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