Anunciado oficialmente nesta sexta-feira (4), o UFC 198, em Curitiba, é imaginado pela direção do evento como um divisor de águas para o MMA brasileiro.
Se o público lotar a Arena da Baixada no dia 14 de maio – a expectativa é colocar à venda entre 45 mil e 48 mil ingressos –, o show poderia representar um novo boom do esporte no país, aposta o presidente do Ultimate Fighting Championship no Brasil, Giovani Decker. O combate principal será entre o campeão peso-pesado (até 120 kg) Fabrício Werdum e o americano Stipe Miocic.
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“Vai ser um marco”, garante o dirigente. “Acredito que terá o peso daquele evento da seleção brasileira de vôlei na década de 80, em estádio aberto. Vamos fazer com que pessoas que ainda não gostam do evento assistam. Isso pela grandiosidade do que estamos preparando. Vamos mostrar o quão apaixonados são os fãs brasileiros”, acrescenta.
O jogo citado por Decker foi o Desafio Brasil x URSS, no Maracanã, em 1983. A partida, que registrou público de 95 mil pessoas, é considerada pela Federação Internacional de Vôlei como uma das mais importantes da história e impulsionou o crescimento do voleibol brasileiro, dono de quatro medalhas olímpicas de ouro, duas de prata e duas de bronze.
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Para atingir lotação máxima na Baixada ou chegar próximo disso, o UFC promete ingressos mais baratos do que costuma cobrar no Brasil. Em novembro de 2015, o tíquete mais em conta para assistir ao card que tinha Vitor Belfort contra Dan Henderson como luta principal custava R$ 250 (meia entrada R$ 125). Valor padrão para um público restrito, já que o Ginásio Ibirapuera suporta cerca de dez mil espectadores.
Bem diferente do que acontecerá na casa do Atlético. “Não definimos os valores ainda, mas temos uma preocupação com o momento [econômico] do país. Obviamente somos sensíveis a isso. Vamos fazer o melhor card da história do país e nem por isso vamos encarecer os ingressos. Vamos ter preços acessíveis”, diz Decker, que bateu o martelo da negociação com Curitiba apenas na noite na última quarta-feira (2).
Segundo o dirigente, a demora na negociação envolve diversos detalhes no fechamento de contratos e também na montagem das lutas. Radicado em Curitiba, Anderson Silva estava nos planos, mas não foi possível encaixá-lo no evento. Mesmo caso do curitibano Maurício Shogun Rua, que tem luta marcada para abril contra Rashad Evans, nos Estados Unidos.
A lutadora curitibana Cris Cyborg, que tem contrato com o UFC, mas nunca estreou no campeonato, pode ser a próxima inclusão ao evento, assim como o peso-galo (até 61 kg) John Lineker, de Paranaguá.
“Já temos um card bom, mas vamos fazer ainda melhor. Há nomes que vamos incluir. Vamos ter paranaenses lutando. A princípio serão 13 lutas, mas podemos chegar até 15”, prevê Decker, que ainda não sabe qual será a periodicidade que o octógono do UFC virá à capital paranaense.
“É uma pergunta que os curitibanos vão responder. Depende do sucesso que teremos. Eu acredito demais”, conclui,
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