Wanderlei Silva quer fazer superlutas| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Wanderlei Silva completa 40 anos em 2016, mas riscou seu nome da lista de lutadores aposentados.

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Após entrar em acordo com o UFC para conseguir a liberação de seu contrato – fato que exigiu uma retratação pública por causa da acusação de lutas armadas contra o evento –, o paranaense está pronto para iniciar a terceira e última fase de sua carreira.

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Lenda nos ringues do Japão, com seis títulos do Pride, mas sem alcançar os mesmo resultados na incursão aos octógonos americanos (apesar de nunca deixar de ser um campeão de audiência), ele agora estuda propostas para retomar a trajetória de lutador de outra forma.

Seu objetivo é protagonizar combates que atraiam a atenção do público de maneira especial, as chamadas ‘superlutas’.

“Eu gostaria muito de fazer superlutas, lutas espetáculo”, diz o curitibano criado no bairro Santa Felicidade à Gazeta do Povo.

“Porque são clássicos, porque hoje em dia não vemos o que víamos antes, lutas que paravam toda a cidade, tinha churrasco em todo lugar, não se via ninguém na rua. Quando eu lutava no Pride, ficava deserto isso aqui [Curitiba]. Isso que quero ver, fazer o glamour voltar”, explica.

O retorno ainda não tem data marcada, mas só deve acontecer a partir do segundo semestre. Antes, o Cachorro Louco vai retomar a rotina de treinos em Curitiba, para onde retornou após quase uma década vivendo em Las Vegas, nos Estados Unidos. Sob a orientação de André Dida, da Evolução Thai, Wand quer fazer um giro por diversas academias da capital.

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CARREIRA: Relembre a trajetória de Wanderlei Silva

“Como não tenho academia fixa, vou treinar em vários lugares. Vou treinar com o mestre Noguchi, com o mestre Zito, vou treinar na Thai Boxe, vou na Chute Boxe, falar com o Mestrão [Rudimar Fedrigo]. Então vou fazer um tour para ajudar os caras, dar uma movimentada nas academias e para ver como cada uma está e sentir cada técnico”, fala.

Wanderlei continua suspenso pela Comissão Atlética de Nevada por causa da fuga de um teste antidoping em 2014, quando estava com luta marcada com Chael Sonnen. O caso, que será julgado novamente nesse ano, porém, não o impede de se apresentar fora de Las Vegas.

Assim, ele garante que não faltam ofertas. “O telefone já tocou. Recebi proposta até da Chechênia. O presidente do país tem um grande evento e o cara me falou um número que eu quase dei um triplo carpado”, brinca o lutador, que entrou no octógono pela última vez em 3 de março de 2013. Na ocasião, ele nocauteou o americano Brian Stann no segundo round pelo UFC, em Saitama, no Japão.

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Muito tempo de ociosidade para quem ostenta 49 lutas no cartel desde 1996 – média de quase três por ano. “Vou te falar, estou com vontade [de lutar]. Sabe, parei há dois anos. Imagina você não pode fazer mais seu trabalho. Fiquei perdido, não tinha o que fazer, para onde ir. Acabou minha rotina de treino, para mim foi bem difícil. Realmente estou sentindo falta de ter um adversário, de ter uma data, de ter um desafio”, conta o paranaense, que até sugere um rival.

“Sabe um cara que queria enfrentar? O Kimbo [Slice, de 40 anos, atleta do Bellator, conhecido por ser ex-lutador de rua]. E eu não ia levar ele para o chão. Ia fazer uma luta em pé, um showzaço para o pessoal”, garante.