• Carregando...
 |
| Foto:

Técnicos adoram jogadores multifuncionais. No Atlético, Antônio Lopes encontrou em Wesley e Nei essa característica. E eles já foram muito úteis, trocando de posição de acordo com a opção tática. Porém as mudanças constantes, além daquelas usadas para surpreender o adversário, denotam a dificuldade de estabelecer uma forma de o time atuar. Também atrapalham os próprios jogadores a manter a regularidade.

Na derrota de domingo por 2 a 1 para o Fluminense, por exemplo, a má atuação coletiva no primeiro tempo levou ambos a trocar de posição após intervalo (como mostra o campo ao lado). Wesley foi deslocado do ataque para a ala direita. Nei, mais uma vez da ala para a posição central no trio de zagueiros.

Wesley é o mais polivalente do elenco. Já atuou no ataque, na meia e nas duas alas. No Atletiba, dia 25 de outubro, viveu a mudança mais brusca. De meia-atacante, acabou recuado para a lateral esquerda após a expulsão de Alex Sandro, passando a ter uma função exclusivamente defensiva.

No início ele vinha correspondendo. Performance que levou o treinador a colocá-lo onde aparecesse um buraco. O rendimento, no entanto, caiu em meio à indefinição. No Maracanã, foi mal nas duas funções.

A falta de zagueiros disponíveis fez com que Lopes improvisasse Nei na posição no fim do primeiro turno. Deu certo e a defesa ganhou consistência. Os companheiros se recuperaram e o jogador voltou à lateral. Mas continua sendo deslocado quando o treinador acha necessário.

Contra o Flu, o time até melhorou no segundo tempo. A entrada de Alex Mineiro aumentou a força ofensiva. Diferentemente de Wesley, que voltava para buscar a bola e a prendia demais, o centroavante ficou fixo na frente. O gol atleticano, porém, só saiu após a entrada do atacante Marcelo no lugar do volante Renan.

Na defesa, não deu certo a escalação de Manoel pela esquerda, com o objetivo de marcar Mai­­con. Foi pelo outro lado que o rápido atacante fez a jogada do primeiro gol. O segundo, já com Nei atuando na sobra, foi entrando livre pela direita mesmo.

* * * * *

1 virada

Depois de sair perdendo, o Atlético só ganhou um jogo no Brasileiro. No dia 12 de julho, fez 3 a 2 sobre o Inter, na Arena. E só conseguiu empatar uma também: 1 a 1 com o Santos, dia 28 de outubro, também em casa.

7 vitórias

Os mandantes foram soberanos na 35ª rodada do Brasileiro. Só o Flamengo ganhou como visitante – dois empates completaram os resultados. Fato corriqueiro quando o campeonato entra na fase decisiva.

* * * * *

Gênio - Cuca

Com três zagueiros, dois volan­­tes e dois alas, o técnico formou uma base defensiva no Flumi­­nense. Na frente, Conca, Maicon e Fred têm garantido as vitórias. Já são quatro seguidas e o milagre de escapar do rebaixa­­mento está mais próximo.

Professor Pardal - Estevam Soares

Como enfrentaria o Barueri fora de casa, o técnico optou por uma formação mais defensiva do que a utilizada na vitória sobre o Coritiba. Com um volante a mais e um meia a menos, o time perdeu força ofensiva e não ganhou pegada. Tomou 3 a 0.

Operário-padrão - Luciano Amaral

Vinha tendo uma atuação irregular na lateral esquerda do Coritiba contra o Atlético-MG. Recuado para a defesa, para que o técnico Ney Franco pudesse colocar mais atacantes, cresceu muito de produção. Ótimas antecipações e arrancadas.

Peladeiro - Viáfara

Habilidoso, o goleiro do Vitória costuma ser uma boa opção para sair jogando quando o time está apertado. Contra o São Paulo, porém, não estava em uma noite feliz. Errou muitas saídas, propiciando lances de perigo ao adversário.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]