Linha do tempo
Acompanhe a trajetória do paranaense Giba:
1976 Nasce no dia 23 de dezembro, em Londrina. Com seis meses, os médicos diagnosticam leucemia.
1988 Começa a carreira no Canadá Country Club, em Londrina.
1993 É reprovado na peneira do Banespa. Dois meses depois é convocado pela primeira vez para a seleção. Comanda o time no Mundial Infanto Juvenil da Turquia e é eleito o melhor atleta.
1994 Se arrisca no vôlei de praia, mas volta às quadras. Passa a atuar pela equipe Cocamar, de Maringá.
1995 Prata no Mundial Juvenil e eleito MVP, é convocado para a seleção adulta.
2000 Reserva, vê o Brasil chegar em 6º em Sydney.
2002 Conquista o primeiro Campeonato Mundial.
2003 É suspenso por uso de maconha, atuando na Itália.
2004 Ouro e melhor jogador da Olimpíada de Atenas.
2006 Bicampeão Mundial e eleito MVP do torneio.
2007 Capitão e ouro nos Jogos Pan-Americanos no Rio.
2008 Prata nos Jogos Olímpicos de Pequim.
2009 Depois de oito anos fora, volta ao Brasil e passa a lutar contra lesões.
2010 No terceiro título mundial, Giba quase não entra em quadra.
2011 Pelo Florianópolis, não joga nenhuma vez.
2012 Praticamente não joga na Olimpíada de Londres. Brasil fica com a prata.
2013 Joga pouco pelo Taubaté, e pleo Al Nasr.
2014 Anuncia a aposentadoria.
Um dos maiores jogadores de vôlei de todos os tempos e três vezes medalhista olímpico, o tricampeão mundial Giba anunciou ontem, em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, que está encerrando a carreira. O ponteiro, natural de Londrina, estava sem clube desde março, quando passou três meses jogando pelo Al Nasr, de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. "O sentimento é de dever cumprido", assegurou.
Na reportagem, ele não explicou os motivos da aposentadoria, anunciada aos 37 anos. Na matéria, Giba chorou bastante, relembrou situações marcantes de carinho dos fãs e a polêmica do doping de 2002 testou positivo para maconha, foi suspenso por oito jogos no ano seguinte e teve forças para dar a volta por cima.
Giba foi um dos protagonistas de um período extremamente vitorioso da seleção brasileira de vôlei masculino. Começou a mostrar serviço em 1993, liderando o time campeão mundial infanto-juvenil. Foi o começo de uma trajetória vitoriosa com três medalhas olímpicas (ouro em Atenas 2004, prata em Pequim 2008 e Londres 2012) e o posto de ídolo.
Nos últimos anos, contudo, sua carreira esteve longe dos momentos gloriosos. Entre 2012 e 2013 acumulou passagens apagadas por Taubaté (apenas um mês) e Drean/Bolívar, da Argentina, onde também teve de lidar com salários atrasados. Em novembro de 2013, trocou o Taubaté pelo Al Nasr, dos Emirados Árabes. Até ontem, evitava falar sobre deixar as quadras. Em entrevista ao jornal Lance!, em julho, o jogador disse que vinha se concentrando em palestras e eventos pelo país, mas explicou que ainda buscava mercado e elegeu a Polônia como destino mais provável.
Com o fim decretado, contou que sentirá muita falta "das pessoas, dos amigos". "Das línguas que aprendi, dos lugares que conheci. Não é qualquer um que vai 16 vezes ao Japão. Nós criamos uma família na seleção. Peguei as filhas do Ricardinho no colo e agora a mais velha já tem 16 anos. Mas agora eu preciso estudar, pensar no que fazer. Estou próximo dos 40. É uma nova fase", afirmou ao site Globoesporte.com.
Agora do lado de fora das quadras, Giba cogita trabalhar com gestão esportiva, mas descartou atuar como técnico. "Acho que aí estaria voltando a fazer o que sempre fiz. Vai acabar sendo a mesma coisa. E eu quero novas experiências. Se você não estimula o cérebro, fica burro", complementou ele, que destacou ainda que sofreu muito com a distância dos filhos durante a carreira.
Em Curitiba, ele desenvolve ao lado do curitibano Emanuel, do vôlei de praia, o projeto Leões do Vôlei, que já atendeu 15 mil crianças desde 2008.
Adeus
Confira parte da carta da despedida de agora ex-jogador de vôlei:
"Desde 1989, quando comecei minha carreira de jogador de vôlei, até 2014, cresci muito. Foram 25 anos em que passei por diversas fases na vida. Cresci. [...] Ganhei e perdi. Chorei, de tristeza e de alegria, e sorri mais ainda. [...] Minha carreira não foi só de alegrias, claro. Falhei, sim. Quem não falha? Perdi. Mas me reergui. Hoje, dia 1.º de agosto de 2014, tomei uma decisão, talvez a mais dolorida até aqui. Chegou a hora de parar. Com o coração apertado, me despeço das quadras, minha casa por 25 anos. Agradeço a todos que estiveram comigo nesta caminhada e contribuíram para o sucesso, não só meu, mas do vôlei do nosso país. Isso é o que mais importa, no fim das contas. Espero ter ajudado vocês também, que tenha sido inspiração para alguns. [...] Espero que o #gibaneles fique sempre no coração de cada um."
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