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O zagueiro Danilo esteve na tarde desta sexta-feira no 23º Distrito Policial, localizado no bairro das Perdizes, zona oeste de São Paulo, para prestar esclarecimentos sobre a acusação de racismo por parte do zagueiro Manoel, do Atlético-PR. O atleta do Palmeiras foi à delegacia por livre e espontânea vontade para dar sua versão do caso. Ainda nesta sexta, o camisa 23 do Alviverde deve conversar com os jornalistas após o treino, na Academia de Futebol.

Na delegacia, Danilo foi ouvido pelo delegado Marcos Aurélio S. Batista. Segundo o representante policial, o goleiro Marcos também será ouvido como testemunha do caso, assim como dois atletas do Atlético-PR, que não tiveram seus nomes revelados.

Na noite da última quinta, durante a partida entre Palmeiras e Atlético-PR, pela Copa do Brasil, no Palestra Itália, Danilo deu uma cusparada no zagueiro Manoel, depois de receber uma cabeçada do rival. De acordo com o atleta do Furacão, o palmeirense ainda o chamou de "macaco do c**", lance captado pela transmissão da partida.

Logo depois da derrota por 1 a 0 para os palmeirenses, Manoel e membros da delegação do Atlético-PR foram direto para o 23ºDP para registrar um boletim de ocorrência contra o zagueiro.

Danilo foi enquadrado no artigo 140, parágrafo 3º, do Código Penal - "Injúria qualificada por racismo". A pena prevista varia de um a três anos de prisão. O jogador palmeirense não compareceu à delegacia.

Segundo o delegado Percival Alcântara, que atendeu a ocorrência durante a noite, situações como essa normalmente são resolvidas com um acordo, mas o clube paranense não admite essa hipótese. Bolicenho, confirmou a versão do seu jogador e disse que todas as medidas cabíveis serão tomadas.

Savério Orlandi, diretor de futebol do Palmeiras, disse que conversou com o atleta nos vestiários, logo depois da partida. O dirigente afirmou que viu o lance da cusparada pelas imagens da TV e que, a partir desta sexta-feira, já começará a armar a defesa do camisa 23. Sobre as ofensas a Manoel, Orlandi afirmou que o palmeirense, negou qualquer tipo de agressão verbal.

"Assisti ao lance na TV e acredito que o Paulo Schmitt (procurador geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva) pedirá as imagens (pela cusparada). Quanto ao racismo, conversei com o Danilo, e ele negou. Estão tentando criar um clima de animosidade para a próxima partida, sendo que a decisão da vaga ainda está aberta", explicou Orlandi.

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