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Sérgio Ribas, 60 anos, usa a corrida de carro como terapia: “É o meu relax mensal” | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Sérgio Ribas, 60 anos, usa a corrida de carro como terapia: “É o meu relax mensal”| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

De macacão azul e branco, ostentando seu capacete de pintura vermelha brilhante, que combina com o carro, o engenheiro e empresário paranaense Sérgio Ribas, 60 anos, não para de sorrir. No ano, ele tem apenas oito fins de se­­mana como esse. Hoje, no Autó­­dro­mo Internacional de Curitiba, em Pi­­­nhais, vai exercer sua outra profissão: piloto da Porsche GT3 Cup.

"É meu período de relax mensal. São três dias no mês que tiro e a família acompanha", explica o piloto de fim de semana. Ao todo, o campeonato organizado pela im­­portadora dos veículos da montadora alemã tem oito etapas por tem­­porada, totalizando 16 provas. Algumas delas são preliminares de eventos de grande porte, como Fór­­mula 1, WTCC (Campeonato Mun­­dial de Carros de Turismo) e Fór­­mu­la Truck. No caso da de hoje, só convidados podem assistir.

Entre a categoria principal (997) e a light (996), nenhum dos 52 pilotos regulares é profissional. O líder, Ricardo Rosset, chegou a disputar três temporadas na F-1. Alex Bar­­ros, que está em terceiro, é o principal nome brasileiro na história da MotoGP.

Como o carro é igual para todos, o equilíbrio é grande. Até os ajustes finos são mínimos. A diferença en­­tre o primeiro e o último lu­­gar está no talento do piloto. "Você chega cinco minutos antes. Está tudo pronto. Carro regulado, revisado, alinhado, abastecido. É só correr", conta Ribas, cujo filho, Guilherme, participa da categoria light.

"O pessoal leva a sério mesmo. Ninguém dá mole, dificultam as ultrapassagens, são competitivos. Ainda mais por ser mo­no­marca, a diferença fica em décimos de se­­gun­do", garante Rosset.

Apaixonado por automobilismo desde criança, Ribas leva o hob­­by a sério. Já disputou – e venceu – as 1.000 milhas de Interlagos e as 500 milhas de Londrina, por exemplo. Cansado de ver o carro quebrar e em busca de mais conforto e qualidade, optou por entrar para a GT3 Cup.

A competição é pa­­ra poucos. O custo médio de um fim de semana fica na casa dos R$ 35 mil por competidor. "Dentro desse valor está tudo incluso, até o transporte. Me­­nos as batidas, que aí ficam por con­­ta de cada um", afirma o engenheiro. "É tudo muito bem organizado. Não há nada que se possa re­­­­clamar. E a cada dia está ficando mais profissional", adiciona.

Até quem não parece ter muito a ver com o mundo da velocidade se encantou. O apresentador de te­­levisão e chef de cozinha Edu Gue­­des é o segundo colocado na light. "Estar aqui é uma descarga de energia. Você tem a questão da con­­centração, de fazer algo diferente das atividades do dia a dia. E volta na segunda-feira renovado", brinca.

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