De macacão azul e branco, ostentando seu capacete de pintura vermelha brilhante, que combina com o carro, o engenheiro e empresário paranaense Sérgio Ribas, 60 anos, não para de sorrir. No ano, ele tem apenas oito fins de semana como esse. Hoje, no Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais, vai exercer sua outra profissão: piloto da Porsche GT3 Cup.
"É meu período de relax mensal. São três dias no mês que tiro e a família acompanha", explica o piloto de fim de semana. Ao todo, o campeonato organizado pela importadora dos veículos da montadora alemã tem oito etapas por temporada, totalizando 16 provas. Algumas delas são preliminares de eventos de grande porte, como Fórmula 1, WTCC (Campeonato Mundial de Carros de Turismo) e Fórmula Truck. No caso da de hoje, só convidados podem assistir.
Entre a categoria principal (997) e a light (996), nenhum dos 52 pilotos regulares é profissional. O líder, Ricardo Rosset, chegou a disputar três temporadas na F-1. Alex Barros, que está em terceiro, é o principal nome brasileiro na história da MotoGP.
Como o carro é igual para todos, o equilíbrio é grande. Até os ajustes finos são mínimos. A diferença entre o primeiro e o último lugar está no talento do piloto. "Você chega cinco minutos antes. Está tudo pronto. Carro regulado, revisado, alinhado, abastecido. É só correr", conta Ribas, cujo filho, Guilherme, participa da categoria light.
"O pessoal leva a sério mesmo. Ninguém dá mole, dificultam as ultrapassagens, são competitivos. Ainda mais por ser monomarca, a diferença fica em décimos de segundo", garante Rosset.
Apaixonado por automobilismo desde criança, Ribas leva o hobby a sério. Já disputou e venceu as 1.000 milhas de Interlagos e as 500 milhas de Londrina, por exemplo. Cansado de ver o carro quebrar e em busca de mais conforto e qualidade, optou por entrar para a GT3 Cup.
A competição é para poucos. O custo médio de um fim de semana fica na casa dos R$ 35 mil por competidor. "Dentro desse valor está tudo incluso, até o transporte. Menos as batidas, que aí ficam por conta de cada um", afirma o engenheiro. "É tudo muito bem organizado. Não há nada que se possa reclamar. E a cada dia está ficando mais profissional", adiciona.
Até quem não parece ter muito a ver com o mundo da velocidade se encantou. O apresentador de televisão e chef de cozinha Edu Guedes é o segundo colocado na light. "Estar aqui é uma descarga de energia. Você tem a questão da concentração, de fazer algo diferente das atividades do dia a dia. E volta na segunda-feira renovado", brinca.
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