Grande craque da história do futebol português até o surgimento do fenômeno Cristiano Ronaldo, Eusébio morreu na madrugada de ontem em Portugal. Ele tinha 71 anos e teve uma parada cardiorrespiratória por volta das 4 horas, pelo horário local, quando estava em sua casa em Lisboa. "A notícia nos apanhou de surpresa e de forma brutal, inesperada, porque há homens que nunca deviam partir. Morreu Eusébio da Silva Ferreira, referência maior do Benfica e de Portugal", publicou o clube português onde o ex-jogador fez carreira.
Nascido em 1942, em Moçambique, Eusébio surgiu para o futebol no Sporting Lourenço Marques. Em 1960, chegou ao Benfica, clube no qual atuou por mais de 600 vezes, se tornando o grande nome da história do clube.
Apelidado de "Pantera Negra", ele aproximou-se da marca de um gol por jogo durante a carreira, a qual encerrou num périplo por clube menores nos Estados Unidos, México, Canadá e Portugal mesmo, entre 1975 e 1980, recusando-se a parar apesar das seguidas operações no joelho esquerdo se aposentou apenas aos 38 anos.
Pela seleção portuguesa, Eusébio só teve chance de disputar uma Copa do Mundo, em 1966. Na Inglaterra, comandou um time histórico, que eliminou o então bicampeão mundial Brasil e chegou até o terceiro lugar, melhor posição já conquistada por Portugal num Mundial. Ele ainda foi o artilheiro da competição, com nove gols.
Pelo Benfica, ele fez história. Conquistou 11 títulos do Campeonato Português e também levou o clube a ser campeão europeu em 1962, marcando dois gols na vitória por 5 a 3 sobre o poderoso Real Madrid na final naquele ano, porém, não conseguiu ganhar o Mundial, ao perder para o Santos de Pelé.
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