O adiamento e a posterior vitória por W.O. sobre o Nacional não foram bem digeridos pelo Iguaçu. As palavras do presidente adversário José Danilson de Oliveira na Gazeta do Povo de ontem só pioraram a situação, considerada por Hiroito Migazaki, o presidente da equipe de União da Vitória, como uma "sem-vergonhice".
Migazaki ficou iritado com a alegação de que faltou segurança aos visitantes e que, em caso de o jogo ter de ser remarcado, seria preciso indicar um campo neutro. "Eles tiveram a polícia o tempo todo com eles, ninguém os hostilizou. Demos todo apoio possível", comentou o dirigente anfitrião. "O técnico deles [Danilo Augusto] até agradeceu a cidade pela ajuda, já que nem médico o Nacional tinha", complementou, se referindo ao atendimento dado depois da intoxicação alimentar que derrubou os atletas.
O que ninguém aceita em União da Vitória é a ausência do rival em campo no domingo. Primeiro, porque apenas oito jogadores ficaram internados dos quais três teriam pedido alta antecipada durante a noite. Segundo, porque haveria tempo para deslocar outros jogadores de Rolândia para o local do jogo, o que não foi providenciado.
"Quando acertamos o adiamento para domingo, disseram que entrariam em campo nem que fosse com sete jogadores", ironizou Migazaki, visivelmente aborrecido.
O cartola chegou a chamar José Danilson de mentiroso por ter dado entrevistas dizendo que estava junto com a delegação no fim de semana e sentindo os mesmos sintomas. Segundo o dirigente do Iguaçu, o clube tem gravações de rádio que comprovam que o cartola adversário não viajou com o elenco.
A gravidade da intoxicação também é questionada, assim como a declaração do presidente do Nacional de que o hospital da região não quis dar atestados comprovando que os atletas estavam inaptos a jogar. A versão contada em União da Vitória é de que, assim que começaram a ser examinados com a maioria sendo liberada para a partida , os jogadores foram obrigados por diretores a deixar o local. "No domingo eles já estavam recuperados", insistiu Migazaki.
O prefeito da cidade Hussein Bakri, que esteve no hotel para dar suporte e garantir atendimento aos visitantes, se surpreendeu com a postura de José Danílson. "Não nos cabe dizer se poderiam jogar ou não. Nossa obrigação era atendê-los da melhor forma. E isso foi feito", declarou. Segundo ele, o drama do Nacional "gerou comoção na cidade".
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