Vettel e Bourdais, pilotos da Toro Rosso: igualdade na potencia dos motores seria um estímulo ao talento, diz a FIA| Foto: Reuters

Não é de hoje que se fala que há importantes diferenças de potência entre os motores de Fórmula 1, apesar de a regra, em essência, proibir o seu desenvolvimento. E o tema veio à tona com força agora, depois da emocionante vitória do alemão Sebastian Vettel, da Toro Rosso, no GP da Itália, domingo passado, em Monza.

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A razão é simples de se compreender: Toro Rosso e Red Bull competem basicamente com o mesmo chassi. O que muda é o motor: a primeira utiliza Ferrari e a segunda, Renault. Como a Toro Rosso tem se mostrado mais eficiente do que a Red Bull, a ponto de já vencer na Fórmula 1, a maior responsabilidade por essa diferença está na potência de um motor e outro.

Denis Chevrier, chefe dos engenheiros da Renault, reconheceu recentemente que pode existir, mesmo, desempenhos distintos nos motores. "A Renault levou ao pé da letra o regulamento", explicou.

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As regras dão, ainda, margem a que, sob o pretexto de aumentar a resistência do motor e também reduzir seus custos, as equipes os modifiquem. O que se tem assistido, contudo, é a nítida evolução de motores como o Ferrari, Mercedes e BMW, por exemplo.

"Temos, hoje, cerca de 35 cavalos a menos de potência", confidenciou o piloto espanhol Fernando Alonso, no circuito de Spa-Francorchamps, na Bélgica. A Renault luta com a Toyota pela quarta colocação entre os construtores e o motor dos japoneses também avançou.

O que mais impressiona nessa história é que toda alteração no motor deve ser comunicada à FIA e a todas as equipes também. E só é possível realizar mudanças se todos concordarem.

"Os times têm um prazo para contestar as revisões que os engenheiros desejam introduzir nos motores, já que são públicas na Fórmula 1. Se passado o prazo ninguém se manifestou, então é autorizada pela FIA", contou Denis Chevrier. Passou pela mão dos chefes de equipes que reclamam de terem ficado para trás, portanto, todos os avanços incorporados, não importa com que justificativa.

Flavio Briatore, da Renault, tenta convencer os concorrentes, agora, de que é fundamental para a Fórmula 1 encontrar uma solução que permita às escuderias equipararem a potência dos motores. Ele tenta convencer Alonso a permanecer na Renault e precisa dessa garantia para isso. Diferenças de 35 cavalos, como mencionou o espanhol, implicam perda significativa de desempenho, já na casa dos décimos de segundo.

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