As chaves do jogo
1 - Pênalti divino
Valencia pega o rebote de primeira e o meia Marquinhos, do Atlético Mineiro, estica a mão. Com convicção, o árbitro marca o pênalti. Ramon, com categoria, converte.
2 - Gota dágua
Pedro Oldoni invade a área, mas bate fraco e desperdiça chance clara de gol. Sem inspiração, ele deixa o gramado vaiado para a entrada de Geílson.
3 - Dor e alívio
Geílson sai contundido. Como já haviam sido feitas as três alterações, o Furacão vê o Galo sufocar. O time se supera e com um a menos agüenta a pressão até o fim.
Futebol bonito, dribles, tabelas, toques rápidos e outros lances que encantam o público ficaram bem distantes da Arena, ontem, na vitória do Atlético por 1 a 0 sobre o Atlético-MG.
O Rubro-Negro limitou-se a vencer para deixar a zona de rebaixamento, não fazendo a menor questão de impressionar. Até porque, se perdessem, os atleticanos não só continuariam na faixa da degola, como cairiam para o 18.º lugar sendo ultrapassado pelo Juventude.
"Não temos tempo para pensar nisso (futebol vistoso). Buscamos apenas um jogo de determinação. A parte técnica não valia como valeu o resultado", assegurou o meia Ramon, autor do gol de pênalti que garantiu o placar.
Guardadas as devidas proporções, o futebol apresentado diante do Galo lembrou um pouco os bons tempos do estádio do Furacão: arquibancadas cheias, fãs empolgados e triunfo em campo.
"Quando eu vinha jogar contra o Atlético era esse time que eu via. Jogando na base da vontade e com o apoio total da torcida fica mais fácil", elogiou o volante Claiton.
As mais de 14 mil pessoas que compareceram ao duelo dos Atléticos, fizeram valer o valor do ingresso com 50% de desconto e corresponderam ao chamado do time que vinha de quatro rodadas sem vitória no Brasileiro.
"Como capitão do time fiz a chamada para o torcedor já depois do jogo com o Santos. A diretoria baixou o preço do ingresso, a torcida sempre nos incentivou, estava faltando nós fazermos a nossa parte", cobrou o zagueiro Danilo.
Demonstrando um novo ânimo após o alívio de uma vitória, o Furacão parte para buscar pontos em dois compromissos seguidos fora de casa quarta-feira, frente ao Goiás, e no domingo, ante o Fluminense.
O técnico Ney Franco já tem pelo menos um problema para estes jogos: o recém-contratado atacante Geílson sofreu ontem uma lesão no joelho direito. Exames mais apurados serão realizados hoje, mas os médicos suspeitam de rompimento do menisco.