Depois de dizer que pretende seguir na seleção italiana logo após a derrota por 4 a 0 para a Espanha, domingo, em Kiev, na Ucrânia, na final da Eurocopa, o técnico Cesare Prandelli admitiu, nesta segunda-feira (2), reconsiderar sua decisão de ficar no cargo dependendo das condições oferecidas.
"Eu respeito a Federação [Italiana] e todos que querem fazer algo, como nós. Se os problemas não forem resolvidos em seis meses, se eu tiver de treinar a seleção apenas duas vezes em oito meses, eu vou refletir sobre as coisas", afirmou o comandante, exibindo clara insatisfação com o planejamento ainda fora do ideal.
"Decidi ficar porque disse que há um desejo comum de mudar [o planejamento]. Eu me encontrei com a federação e eles me fizeram ter certeza disso. Me disseram que querem continuar nesta estrada", completou.
A Azzurra voltará a jogar no dia 15 de agosto, em amistoso contra a Inglaterra, apenas quatro dias depois da Supercopa da Itália, entre Juventus e Napoli, em Pequim, na China. E o treinador espera contar com a colaboração destes dois clubes para convocar uma equipe forte. Ele não escondeu irritação com o fato de o calendário dos clubes do país não estar adequado ao interesses da seleção.
"Nós queremos envolver todas as partes. Se jogamos no dia 15 de agosto contra a Inglaterra, então a Supercopa da Itália será disputada no dia 12 de agosto [na verdade o jogo será no dia 11]? Onde eles vão jogar? Em Pequim. As pessoas precisam ser sensíveis às necessidades da seleção, ninguém se importa com nada sobre a Azzurra e depois todo mundo é patriota apenas durante um torneio", reclamou.
Para Prandelli, os campeões espanhóis são o exemplo a ser seguido. "Nós temos de mudar. Jogamos com uma seleção que tem trabalhado com coerência em um projeto. É uma pena que nós não enfrentamos a Espanha com um par de dias a mais de descanso, o que é o único leve arrependimento. Mas temos de reconhecer sua superioridade e sua capacidade de ser consistente", completou, antes de admitir que talvez a Itália ainda não estivesse no estágio ideal para levar o título da Eurocopa.
"Vencer a Euro teria sido bom, mas teria abalado o nosso equilíbrio. Talvez ainda não estivéssemos prontos: quando estivermos, iremos ganhar de novo e novamente, com consistência e sem altos e baixos", analisou.
Itamaraty de Lula lidera lobby pró-aborto na ONU com radicalismo inédito
“Desastre de proporções bíblicas”: democratas fazem autoanálise e projetam futuro após derrota
Bolsonaro diz que Congresso é mais importante que STF e pode reverter inelegibilidade
Copom eleva juros e dá bronca no governo mais uma vez
Deixe sua opinião