Prata da casa alviverde vê seleção mais próxima com o salto na carreira

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O curitibano Adriano Correia Claro é o mais novo brasileiro a vestir a camisa de um dos maiores clubes do Mundo: o Bar­­celona. Ex-jogador do Coritiba – formado na base alviverde –, ele se junta a Élber (Bayern), Kléberson (Manchester United), Belletti (Barcelona) e Alexandre Pato (Milan) como jogador local que defendeu uma equipe do G5 nobre europeu (Real Madrid completa a lista). Um sonho realizado aos 25 anos, cinco temporadas depois de deixar o Coxa como bicampeão estadual. Por telefone, ele falou com a reportagem da Gazeta do Povo.

Como foi a notícia de que o Bar­­celona queria te contratar?

Foi maravilhosa. Uma coisa que eu trabalhei para conquistar. Sempre acreditei que podia jogar em um grande clube como o Barça. E tenho de agradecer ao Sevilla. Estou motivado, feliz, chego ao Barcelona no meu melhor momento como jogador. Tomara que os anos que eu fique por aqui sejam os melhores.

A transferência lhe ajuda a ter mais chances de ir para a seleção?

Ajuda sim. Jogando num clube como o Barcelona e se destacando, você se autoconvoca. Vou aproveitar, quero me firmar aqui, dentro do grupo. É um grupo fechado, unido, o treinador [Pep Guardiola] trabalha muito isso. Tenho de aprender muito ainda. Tenho 25 anos [empolgado], espero aprender mais ainda. Tenho total liberdade e muita estrutura que eles dão.

Você chegou a ser convocado para a Copa América com o Par­­reira [e foi campeão, em 2004]. Ficou alguma mágoa de não ser lembrado pelo Dunga para a Copa?

É... eu trabalhei para isso né... Não sei porque não tive sequên­cia. Não sei te responder [pensativo]. Eu respeito muito o que o treinador quer para o seu time. Fiquei triste, sim, mas vou trabalhar para que eu possa estar na Copa aí no Brasil.

Você já jogou no meio de campo pelo Sevilla. Não vale a pena investir neste setor?

Eu acho que o importante é buscar meu espaço. No dia a dia a gente vê. No Sevilla jo­­guei até como segundo atacante. Na chegada eu já falei que estou à total disposição do treinador e por facilidade em bater com as duas pernas, isso facilita.

Qual aprendizado de 5 anos de Europa? O que mudou no seu futebol?

Melhorei meu passe, a parte tática... chego com uma experiência boa. Foi uma faculdade para mim. Com 25 anos, estou na melhor fase física, já sei me dosar mais. Antes queria fazer muitas coisas, pela empolgação, e isso atrapalha. Estou mais tranquilo.

Qual o laço que mantém com o Coritiba?

Torço pelo Coxa, sempre que estou de férias vou lá, vejo os amigos, conheço os jogadores novos... Eu mantenho a relação. O Coritiba foi o primeiro clube que apostou em mim. Fiquei triste com o que aconteceu no ano passado. É lamentável... Torcedor naquele mo­mento não pensava que isso poderia acontecer novamente... Mas acho que cada um sabe o que faz. Isso não deve acontecer outra vez. Tenho torcido na Série B, acompanho direto. Tenho os contatos, sempre pergunto e acompanho o Coritiba. Tenho um carinho especial pelo clube.