As chaves do jogo
Lambança - Guilherme repõe mal a bola, Netinho perde para Alex e faz falta. Leva o segundo amarelo e o Paraná fica com um homem a mais em campo.
Bomba-relógio - No intervalo, Vadão resolve acertar a zaga com Rogério Corrêa no lugar de Dênis Marques. O tiro saiu pela culatra, com falhas e até gol contra.
Aqui, não ! - Aos 41 do segundo tempo, Pedro Oldoni ia empatar e renovar as esperanças atleticanas. Daniel Marques se jogouna frente da bola.
Inscrito na Libertadores com a camisa 2, Alex começou o ano como dono da lateral-direita paranista. Porém, depois de perder espaço, foi reserva de André Luiz até o penúltimo jogo da segunda fase do Paranaense. O técnico Zetti tinha inclusive encontrado uma outra posição para ele, escalando-o algumas vezes como volante. Situação que começou a mudar com a contusão do antigo titular, que abriu espaço para o jovem, formado nas categorias de base do Tricolor, assumir a posição e ontem se tornar o principal destaque da histórica primeira vitória do clube na Arena.
"O jogo de hoje (ontem) foi feito para o Alex", disse o técnico Zetti, enaltecendo o lateral tanto pela performance técnica como pela tática. "Exploramos o nosso ponto forte. Falei para ele jogar bem aberto e foi o que fez. Assim conseguiu a expulsão do Netinho no primeiro tempo, um cartão amarelo para o Marcão e depois o gol da virada", enumerou o treinador, que desde o início tinha a intenção de explorar a improvisação no lado esquerdo da defesa adversária, ocupado pelo meia Netinho.
Segundo Zetti, toda uma estrutura foi montada para que o lateral-direito pudesse ser decisivo. "Ele teve como apoio o Dinélson sempre muito rápido, o Renan cadenciando o jogo e o Xaves dando a proteção para que pudesse sair", acrescentou.
De poucas palavras, Alex se limitou a agradecer as palavras de Zetti e prometeu não diminuir o ritmo: "Fico muito feliz com os elogios do treinador. Agora é manter o trabalho com seriedade para ajudar o máximo possível. Seja qual for a posição."
O destaque do clássico ainda comentou sobre a inesperada chance de retornar ao time há duas semanas. "Minha volta foi por causa de uma fatalidade. Até fiquei muito triste com a contusão do André, um companheiro de trabalho, mas ao mesmo tempo feliz com a oportunidade", contou o lateral, que agora espera ter jogos feitos para si também na decisão contra o Paranavaí e na fase decisiva da Libertadores.
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