3 de dezembro de 2006. Este dia será lembrado por muito tempo pelos torcedores do Paraná Clube. Mesmo sem conseguir vencer o time reserva do São Paulo, o Tricolor paranaense conquistou a vaga na Copa Libertadores em 2007 graças a uma campanha regular, uma administração com poucas falhas e a fé da sua torcida.
Ajudado pelo empate sem gols entre Figueirense x Vasco, o Paraná termina o ano com o título de Campeão Paranaense (conquistado no 1.º semestre) e com a melhor campanha da sua história em campeonatos brasileiros. A festa que os quase 17 mil torcedores fizeram na Vila Capanema outro motivo de orgulho da torcida neste ano é de arrepiar.
O técnico Caio Júnior não se continha e vibrava, pulava e abraçava os seus companheiros antes mesmo do fim do jogo no gramado. Após a confirmação do árbitro com o apito final e cientes do empate do Vasco e Figueirense - a festa tomou conta do estádio. As cenas bonitas e emocionantes que se seguiram, ficarão marcadas na memória daqueles que estiveram no Estádio Durival de Britto, a Vila Capanema.
O jogo
Com o "ok" do Departamento Médico, que liberou os jogadores Eltinho e Batista para o jogo, o técnico Caio Júnior foi para o jogo com o time completo menos Gustavo, que estava suspenso. O São Paulo estava praticamente irreconhecível, já que apenas o meia Souza fazia parte do time que era titular nas últimas partidas.
O jogo começou equilibrado, mas aos poucos o Paraná fez valer a força que vinha das arquibancadas. Algumas jogadas mais perigosas foram aparecendo e aos 16 o Tricolor chegou com vontade. Após uma belíssima tabela entre Eltinho e Sandro, o lateral lançou para o meia, já dentro da área. Sandro perdeu um pouco o tempo da bola e na hora do chute foi travado pelo goleiro Bosco.
Dez minutos depois o Paraná voltou a assustar, quando Cristiano recebeu de frente para o gol e tentou o chute. A bola foi forte, mas a direção não foi o gol. Outra boa chance para o Tricolor aconteceu aos 28 minutos, quando Edmilson preparou a bola com carinho e bateu a falta com muita força para a defesa de Bosco. Logo depois, Leonardo recebe sozinho, faz a finta e demora demais para chutar. A zaga se antecipa e evita o perigo.
O São Paulo conseguiu manter um bom poder de marcação durante todo o primeiro tempo. Não chegou a criar muitas chances do perigo, mas quase marcou aos 38 minutos. Numa cobrança de falta da entrada da área, Souza caprichou e bateu uma falta com categoria para brilhante defesa do goleiro Flávio. Logo depois Alex Dias passou por Edmilson e tocou para Rodrigo Fabri chutar e Flávio fazer nova intervenção excelente.
O Paraná ainda teve chance de marcar novamente com Sandro, mas o jogador recebeu a bola em posição irregular.
Segundo tempoObservador, Caio Júnior não gostou do desempenho do jogador Eltinho na ala esquerda. O jogador já vinha sendo poupado durante a semana e acabou saindo para a entrada de Gerson.
O jogo parecia que seria do Paraná na segunda etapa, principalmente porque aos 8 minutos do 2.º tempo o jogador Rodrigo Fabri "meteu" a mão na bola e, como já tinha cartão amarelo, foi expulso do jogo. A resposta veio aos 10 minutos quando Leonardo fez a finta, carregou a bola dentro da área e na hora do chute foi interceptado pelo zagueiro Alex Silva.
As melhores chances co Paraná surgiram em jogadas de bola paradas, nas "bombas" disparadas pelo zagueiro Edmilson. Aos 19 o chute foi rasteiro e Bosco buscou no cantinho. Logo depois, aos 22, o chute foi ainda mais perigoso, mas Bosco novamente fez a intervenção. O Paraná voltou a ameaçar com Joelson aos 27. O jogador recebeu a bola, achou um espaço e chutou com perigo, por cima do gol do sãopaulino.
Aos 35 minutos um torcedor do São Paulo invadiu o gramado do Durival de Britto e protagonizou uma cena lamentável. Quando o chefe da segurança do jogo tentou pará-lo, foi agredido com uma cabeçada, bem ao estilo Zidane/Materazzi. O segurança precisou receber atendimento médico e o jogo começou 5 minutos depois.
Poucas jogadas com perigo surgiram depois disso e as atenções se deslocaram da Vila Capanema para o estádio Orlando Scarpelli, em Santa Catarina. Lá o Vasco não conseguia marcar o seu gol para tentar frustrar as chances do Paraná e o tempo foi passando. Quando todos na Vila receberam a notícia do término do jogo em Florianópolis, a festa nas arquibancadas e no gramado foi de arrepiar e não teve hora para acabar.
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