O incentivo contratual prometido pelo Esporte Interativo (EI) a quem não renovar o contrato de TV aberta do Brasileirão com a Rede Globo virou motivo de discórdia entre seus próprios parceiros.
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Segundo apurou a Gazeta do Povo, Atlético-PR, Bahia e Palmeiras – únicos clubes da Série A que rejeitaram a oferta, além do Coritiba, que disputa a Série B nesta temporada – questionam o canal sobre o valor da ‘garantia’ que teriam direito caso realmente não concretizem a venda dos direitos de transmissão dos próximos cinco anos para a emissora carioca.
O prazo oficial para os times comunicarem a decisão termina no próximo dia 30 de abril. Após essa data, a opção perde validade e a Globo surge como única alternativa de mercado.
A estratégia para enfraquecer o concorrente aparece no contrato assinado em 2016 como “opção de TV aberta”. Mas enquanto as equipes entendem que o valor de compensação a ser pago pelo EI deve igualar a quantia do atual vínculo com a Globo, outra fórmula aparece no contrato.
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Dirigentes ouvidos pela reportagem acreditam o texto do contrato dá brechas para questionamento do montante referente a cada equipe – sem clareza, deixaria o acerto na condição de arriscado. O tema é motivo de discussão entre clubes e a direção do EI, que também lida com o descontentamento dos clubes quanto ao valor total do vínculo válido entre 2019 e 2024.
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Procurado pela reportagem, o canal enviou o seguinte comunicado via assessoria de imprensa. “Em respeito aos clubes e às cláusulas de confidencialidade, o Esporte Interativo não comenta contratos”.
Atualmente, Furacão, Coxa e o Tricolor de Aço recebem R$ 35 milhões anuais cada da televisão. O Porco fatura R$ 100 milhões/ano. A garantia dada pelo EI valeria apenas para as temporadas de 2019 e de 2020.
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Sem Atlético, Bahia e Palmeiras na televisão aberta, por exemplo, a Globo não poderia mostrar 108 dos 380 jogos do Brasileirão a partir do ano que vem. O número de partidas exclusivas do EI na TV fechada, por outro lado, chegaria a 42 com os atuais sete times (Atlético, Bahia, Ceará, Internacional, Palmeiras, Paraná e Santos) sob contrato na elite.
Atlético, Bahia, Coritiba e Palmeiras não assinaram com a Globo porque discordam dos redutores que seriam impostos pela emissora como “retaliação” à parceria com o canal do bilionário grupo Turner.
A proposta é 20% menor em TV aberta e 5,2% menor no pay-per-view (por jogo) em relação aos rivais que terão jogos exibidos no SporTV.
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