A improvável perda de pontos do Paraná passa a interessar à maioria dos clubes que lutam contra o rebaixamento. O Tricolor teria escalado o meia Batista de forma irregular em sete partidas - o que ocasionaria menos 42 pontos -, e a queixa impetrada pelo Náutico no mês passado vem ganhando novos seguidores, desesperados para fugir do rebaixamento.

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Batista segue jogando normalmente. No domingo, fez gol contra o FluO Atlético-MG, que pela primeira vez entrou na zona de rebaixamento neste Campeonato Brasileiro, admite que está acompanhando todo o andamento do caso para tentar lucrar com uma possível perda de pontos.

- Quem entrou com o recurso foi o Náutico, mas o doutor Roberto Vasconcelos (vice-jurídico do Galo) já está acompanhando o caso. E pelas informações que temos, a probabilidade de eles perderem os pontos é muito grande - analisa Beto Arantes, diretor de futebol do Alvinegro.

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Mesmo aliviado com as cinco vitórias nas últimas cinco rodadas, o Náutico não esquece o caso. O diretor de futebol do clube, Marcílio Sales, acredita em uma repercussão maior do caso com a entrada de Atlético-MG e Corinthians na zona de rebaixamento.

- Estamos aguardando (as investigações). Acredito que entre o dia dez e o dia 15 deste mês teremos alguma novidade. E conhecendo o futebol brasileiro como eu conheço, com os chamados grandes clubes na zona de rebaixamento, agora é que vão querer investigar o caso direitinho mesmo - diz.

STJD iniciou as investigações

O inquérito foi aberto no fim de setembro. As investigações estão em seu início. O procurador que preside o caso é Eduardo Machado Costa, de Minas Gerais.

- Foi aberto o inquérito, que nada mais é do que apurar a existência ou não de irregularidades. Na sexta-feira, foi ouvido o Luiz Gustavo, do departamento de registros da CBF, e nesta sexta ouvirei o pessoal da Adap Galo e da Federação Paranaense de futebol - diz Costa.

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- O inquérito termina com um relatório, que será encaminhando ao presidente do STJD. Ele, por sua vez, repassa para a procuradoria analisar e esta vai entender se o caso ocasionará um processo ou não - completa.

Eduardo Machado Costa acredita que o prazo máximo para se encerrar todo o caso é meados de novembro, o que impede que termine após o fim do Campeonato Brasileiro. Ele garante que não vai se influenciar por ter outros grandes clubes - o Corinthians também já se manifestou sobre o caso - do cenário nacional interessado nas investigações.

- Quando vai chegando o fim do Brasileiro, começa a briga pelo título, pela Libertadores... Cada um busca uma coisa. E para mim não importa a mínima saber quais clubes estão envolvidos no caso, pois antes de tudo é o meu nome que está em jogo. Sou indicado pela OAB e vivo do meu trabalho. Não quero trazer decepção a ninguém, principalmente às pessoas que me indicaram. Venho presidindo a maioria dos inquéritos e isso mostra que confiam em mim.