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Copa 2014

Mario Celso Petraglia vai se reunir na próxima semana com o secretário estadual para assuntos da Copa do Mundo de 2014, Mario Celso Cunha, para apresentar uma modelagem para a conclusão da Arena da Baixada. O encontro não terá participação de nenhum representante do Atlético. "Não custa escutar. Vamos ouvir e ver o que ele quer apresentar, independentemente do que o Atlético está fazendo com a [construtora] OAS", disse Cunha.

O desagrado de grande parte da torcida com a gestão do presidente Marcos Malucelli, especialmente neste ano, tem explicações não muito difíceis de serem mensuradas. Basta analisar os números do departamento de futebol.

A administração Malucelli, iniciada em janeiro de 2009, contratou nada menos do que 63 jogadores, dispensou 44 atletas e entregou o comando do time a 9 técnicos diferentes.

Esmiuçando a gestão de 925 dias, chega-se à conclusão de que, em média, 21 caras novas desembarcaram por ano no CT do Caju (até o momento). No entanto, apenas 19 continuam no elenco. Levando em conta o primeiro ano de mandato, somente três dos 14 contratados seguem no clube.

Em 2010, foram feitas 26 contratações, mas apenas cinco permaneceram no grupo. Só que nada supera a atual temporada: 23 novos jogadores contra 12 saídas. Gente como o atacante Henan, o zagueiro Dalton e o lateral-direito Marcos Pimentel. Vieram, viram e não esquentaram o banco. Nem deixaram saudades.

O conjunto de treinadores que passou no período pela Baixada também chama a atenção. Ao todo foram nove, incluindo o auxiliar-técnico Leandro Niehues, que, entre idas e vindas, dirigiu o Rubro-Negro em 25 jogos – o terceiro que mais comandou o time sob as ordens de Malucelli. Assim como no caso dos jogadores, 2011 tem sido implacável para com os técnicos. Renato Gaúcho é o quinto a tentar colocar o Atlético nos eixos desde janeiro.

Instabilidade na gestão que se reflete diretamente em campo, com o pior momento do Furacão desde 2009. A lanterna do Brasi­­leiro, com apenas dois pontos em nove rodadas, fez aumentar consideravelmente as contestações em torno de Malucelli – na quarta-feira, a Fanáticos, principal organizada ligada ao clube, promoveu passeata pedindo a saída do dirigente.

"Somos a favor de um afastamento porque ele não está cumprindo seus deveres. Está vendo as coisas acontecerem. Parou no tempo. Pedimos que o presidente peça licença para que outro, com vontade e determinação, assuma o Atlético", ressaltou o vice-presidente da facção, Ju­­liano Rodrigues.

"O silêncio de Malucelli também tem incomodado os torcedores. Ele está se omitindo no momento mais importante e precário do clube. A torcida precisa de um retorno. O presidente tem que dar satisfação", cobrou Rodrigues.

A situação ruim começa a se alastrar para fora do gramado, com a saída dos vices Enio Fornea e Yára Eisenbach, principais aliados da atual administração, no dia 5 de julho – data também do último pronunciamento do dirigente. O retorno do ex-presidente Mario Celso Petraglia à cena, anunciando que será candidato na eleição programada para o fim do ano, aumentou ainda mais a pressão.

Desde então, para tentar diminuir o desgaste, Malucelli tem optado por evitar a imprensa, apesar dos conselhos contrários de pessoas próximas. "Recomendei a ele que esclarecesse as pressões que está sofrendo. Entendo que deva tomar um posicionamento, que se pronuncie", sugeriu o presidente do Conselho Deliberativo, Gláucio Geara.

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Interatividade

Qual o maior pecado de Marcos Malucelli? O que o presidente do Atlético deveria fazer diferente? Por quê?

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