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Onaireves Moura, presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), foi convocado para prestar depoimento, na próxima terça-feira, no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR). O dirigente da entidade que rege o futebol paranaense será ouvido no segundo inquérito sobre corrupção na arbitragem estadual (o primeiro terminou com o julgamento de 13 pessoas, no último dia 10).

Além de Moura, o auditor Paulo César Gradella Filho do TJD, convocou o ex-dirigente do Ponta Grossa, Antônio Mikulis para prestar depoimento. Os dois foram acusados pelo ex-árbitro José Francisco de Oliveira, o Cidão, de participar de um esquema de manipulação de resultados.

Segundo Cidão, que foi banido do futebol pelo primeiro julgamento no TJD, Mikulis teria pago R$ 50 mil para o presidente da FPF escalar um árbitro que favorecesse o time do Ponta Grossa na partida contra o Prudentópolis, no Campeonato Estadual de 2000.

O auditor revelou que o TJD está trabalhando em duas frentes neste inquérito. "Além desse fato, estamos analisando juntamente a denúncia feita por um ex-atleta do Engenheiro Beltrão, que afirmou que o clube manipulou resultados para subir para a primeira divisão do Campeonato Estadual", informou Gradella Filho.

STJD

O procurador do TJD Davis Bruel encaminhou, nesta quinta-feira, um recurso ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pedindo a revisão da sentença que absolveu os cinco denunciados no julgamento da máfia do apito, no último dia 10. "Mandei para o STJD apreciar, mas acho difícil que a decisão seja revertida. A nossa maior briga será para manter a punição dos oito denunciados, para que fiquem eliminados do futebol", explicou Bruel.

De acordo com Bruel, o presidente do TJD, Bortolo Escorssim, tem três dias para ouvir as contra-razões dos advogados de defesa dos cinco absolvidos e encaminhar o recurso ao STJD. Os absolvidos são: Amorety da Cruz (ex-árbitro); Antônio Carvalho (vice-presidente da Comissão de Arbitragem); Carlos Jack Magno (árbitro); Fernando Homann (ex-presidente da Comissão de Arbitragem); e Valdir de Souza (presidente da Comissão de Arbitragem).

Condenados pelo TJD

Genésio Camargo, ex-dirigente do Foz do Iguaçu, Gílson Pacheco, ex-dirigente do Marechal Cândido Rondon, José Francisco de Oliveira, o Cidão, árbitro, Sílvio Gubert, presidente do Conselho Deliberativo do Operário, Antônio Salazar Moreno, Marcos Tadeu Mafra, Sandro da Rocha (árbitros) e Johelson Pissaia (diretor da Federação Paranaense de Futebol).

Última instância

O procurador Davis Bruel acredita que até o final de novembro ou no começo de dezembro o STJD julgue o caso da manipulação da arbitragem no Paraná, quando finalmente será dada a sentença final dos condenados e absolvidos.

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