Hélio Cury não acredita que Copa Sul-Minas sairá do papel.| Foto: Ciciro Back/Tribuna do Paraná

Ao comentar o arbitral que definirá a fórmula do Campeonato Paranaense de 2016, marcado para esta quarta-feira (2), em Ponta Grossa, o presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Hélio Cury, alertou a dupla Atletiba sobre lançar times alternativos no Estadual para priorizar a disputa de uma possível Copa Sul-Minas.

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“Eles [Atlético e Coritiba] têm de analisar muito bem. No nosso entendimento, e do torcedor também, a grande disputa por título que temos é no Paranaense. Pelas circunstâncias, nossos clubes têm muita dificuldade em almejar algo maior no Brasileiro”, opina Cury.

“Nos últimos dois anos, tivemos campeões do Interior. Significa que estão se fortalecendo enquanto os clubes da capital vão ficando para trás. Atlético e Coritiba têm de dar satisfação para seus torcedores e sócios. É só ver o quadro de campeões dos últimos dez anos. Em quatro oportunidades, a dupla Atletiba não levou o título”, prossegue. Além de Operário e Londrina, campeões em 2015 e 2014, respectivamente, o Paranavaí sagrou-se vencedor em 2007 e o Paraná em 2006.

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A possibilidade de retorno da Copa Sul-Minas vem sendo articulada desde o início do ano por clubes de Paraná, Minas Gerias, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Os representantes locais seriam Atlético e Coritiba. A competição, no entanto, ainda não saiu do papel. Segundo Cury, em nenhum momento a FPF foi procurada para tratar do torneio interestadual.

“As federações não foram consultadas, apenas a de Santa Catarina. O risco é deles. Sinceramente, vejo dificuldades da competição acontecer”, complementa Cury.

Caso a disputa seja oficializada, a tendência é de que Atlético e Coritiba disputem o Estadual com times alternativos. O expediente já vem sendo utilizado pelo Furacão nos últimos anos. Em 2015, porém, o Rubro-Negro lançou o time principal durante o torneio.

Estadual

Hélio Cury revelou que o Estadual de 2016 deverá manter a fórmula dos últimos dois anos, com todos os 12 clubes participantes se enfrentando em turno único na primeira fase. Em seguida, os oito melhores avançam para o mata-mata até a decisão.

“Esse ano se estudou uma possibilidade de mudar a fórmula, mas é muito difícil, a CBF já disponibilizou suas datas e não tem como fazermos algo diferente. A formatação dos últimos dois anos, com mata-mata na segunda fase, foi bem aceita não só pelos clubes, mas pelos torcedores também”, explica Cury.

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Diretor de futebol do atual campeão Operário, Antônio Mikulis afirma que a fórmula atual é aceitável, mas poderia ser melhorada. “O ideal era todos contra todos, ida e volta, no mesmo modelo do Brasileirão. Mas por causa das datas da CBF, não dá pra mudar nada”, opina.