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A Confederação Brasileira de Futebol anunciou nesta sexta-feira (7) que vai apresentar no prazo de 30 dias ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma proposta de alteração no calendário no futebol no país. A idéia da entidade que organiza as competições nacionais é adequar o calendário do Brasil ao da Europa para tentar frear o êxodo de jogadores para o exterior no meio da competição. Pela proposta, o Brasileirão comecaria por volta de agosto, não em maio.

Segundo o presidente do Atlético Paranaense, Marcos Malucelli, a idéia é louvável e terá o apoio do clube em futuras consultas. "Sou favorável sim. Assim passaríamos a ter um único campeonato brasileiro, afinal hoje são dois. Um até a abertura da janela de transferências, e outro após", disse, por telefone, à Gazeta do Povo On-line.

Para Malucelli, todo o planejamento do ano fica comprometido pela incerteza de perder um jogador na metade do campeonato. "É muito ruim. O planejamento fica comprometido. Não sabemos quem entra e quem sai, se os jogadores têm propostas ou não. Eles mesmos ficam na expectativa de receber um convite e, se isso acontece, dificilmente temos condições de segurá-los. Para repor, temos que agir no afogadilho e nem sempre conseguimos fazer bons negócios".

O presidente do Atlético dá exemplos dos problemas ao citar o Corinthians, que após a saída de três jogadores, caiu muito de produção no Brasileirão e despencou na tabela de classificação. "Nós também fomos prejudicados. Agora que o Rafael Santos se firmou como titular, nos deixou (foi para o Bologna, da Itália). Com um novo calendário, poderíamos planejar o ano todo sem corrermos este risco, sem tensão e expectativa".

A proposta deve encontrar alguma resistência. "Pode encontrar obstáculos sim, mas acredito que com a união dos clubes, com o apoio da CBF, a proposta pode ser aprovada". Um dos problemas seria convencer a TV que detém os direitos de transmissão do campeonato. Contudo, Malucelli acredita que isso não deve acontecer. "Não devemos ficar refém da TV. Ela atende aos nossos interesses", disse, lembrando que a relação precisa ser encarada como parceria.

A GPol entrou com contato com os presidente do Paraná Clube e do Coritiba durante a tarde toda, mas nenhum deles atendeu aos telefonemas para comentar a proposta.

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