O Presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach, foi hostilizado nesta sábado e chamado de “assassino” ao tentar conversar com manifestantes que protestavam contra os Jogos do Rio.
O incidente ocorreu quando o dirigente deixava a reunião do comitê executivo da entidade, realizada num hotel da zona sul da cidade.
Na companhia do presidente da Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, e de cerca de cinco seguranças, ele seguiu em direção aos manifestantes, mas não conseguiu dialogar com nenhum deles.
O grupo de cerca de 20 pessoas protestavam contra a construção do campo de golfe e da derrubada de árvores na Marina da Glória. A marina será a sede da vela nos Jogos.
Os manifestantes apenas gritavam “COI go home” e chamavam o dirigente de “assassino”. Bach chegou a pegar um folheto dos manifestantes, mas desistiu de conversar após a série de ofensas.
Em seguida, ele entrou em uma van para deixar o hotel.
“Ele é um assassino. Não temos como dialogar. Ele está destruindo a fauna e a flora da Barra da Tijuca [ onde será erguido o campo de golfe]”, disse um manifestante, que não quis se identificar. Nenhum deles disse seu nome.
Uma hora e meia antes, uma ativista havia invadido o lobby do hotel para protestar contra o COI e os Jogos. Ela entrou na portaria apitando e gritando palavras contra o comitê internacional.
‘Esses homens que estão reunidos no segundo andar são uns ladrões”, gritava a ativista, que se identificou apenas como Sandra. A manifestante ficou por cerca de dez minutos discutindo com seguranças até ser recebida por um funcionário do COI.
“Estamos aberto ao diálogo com todos. Já conversamos com o grupo e vamos voltar a conversar no futuro”, disse o presidente do COI, logo após o primeiro protesto.
A entrevista coletiva de Bach atrasou por mais de uma hora por causa da manifestação liderada por Sandra.
“Isso é normal. Somos parte do problema e da solução”, disse a presidente da Comissão de Coordenação para os Jogos-2016 do COI, a marroquina Mawal El Moutawakel, ao comentar sobre o protesto.
Ela desceu para o saguão do hotel minutos depois de Bach tentar conversar, sem sucesso, com o grupo. Mawal pediu ajuda dos funcionários do hotel para conseguir um táxi sem precisar enfrentar os manifestantes.
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