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De acordo com Luiz Zveiter, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), não há nenhuma chance de ele rever a decisão de anular as 11 partidas apitadas por Edilson Pereira de Carvalho, acusado de manipulação de resultados.

"A não ser que me provem que Edilson não fez o que fez. A anulação das partidas foi feita criteriosamente. Acho curioso que algumas pessoas me critiquem porque eu fui rápido demais. Acho que queriam que o caso assasse e virasse pizza", disse Zveiter nesta terça à Rádio Globo.

Contra a decisão de Zveiter, anunciada domingo, cinco clubes (Cruzeiro, Figueirense, Internacional, Ponte Preta e Santos) decidiram entrar com recurso, contestando o veredicto. Reclamam também como serão feitas as novas partidas com portões abertos.

"Os que se sentirem lesados têm o direito de reivindicar. Infelizmente, não há uma reparação 100%. Lamento, não é culpa do Tribunal. Mas não tem nenhuma outra decisão se não essa, baseada na lei. Só sou contra que se vá à Justiça comum, que não é um fórum próprio."

"E essa repetição das partidas tem de ter portões abertos, com cotas de ingressos. Não estou mandando abrirem o portão, isso é o caos. É questão de ler, alguns não fazem isso. Isso é com a CBF, não com o Tribunal", esclareceu.

Com a anulação de todas as partidas apitadas pelo árbitro, o Corinthians foi um dos clubes mais beneficiados. Assumiu a liderança e, com dois jogos a serem refeitos, pode abrir distância na ponta do Brasileirão.

"Todo mundo toma prejuízo com a medida, cada um com uma parte. O STJD não mirou clube ou tabela de classificação. Só pensamos em virar essa página negra no futebol", contou.

"É óbvio que se pudéssemos analisar individualmente os jogos seria muito melhor, mas isso seria subjetivo demais. Está tudo contaminado pelo árbitro", analisou.

Zveiter ainda disse que, caso dois clubes de uma mesma partida que foi anulada decidissem não repetir confronto em comum acordo, isso não poderia acontecer. De acordo com o juiz, isso enganaria à torcida e a imprensa.

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