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Diligência do STJD

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva determinou que seja feita uma diligência para apurar irregularidades e falsificações de borderôs. Nas acusações feitas contra Moura, uma porcentagem de valores destinados à CBF e INSS teria sido desviada através de borderôs adeulterados.

Segundo Ferreira, as acusações não passaram de má fé dos acusadores. "Temos toda a documentação aqui. Não houve falsificação nenhuma. O problema é que o número foi batido à maquina, por cima um do outro, e o procurador entendeu que isso fosse rasura. Sempre foi feito assim. Agora estamos orientando o pessoal a escrever essa porcentagem em outro espaço, para que não haja mais essa confusão".

Depois de confirmada a suspensão de três anos imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ao presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Onaireves Moura, o vice-presidente da entidade, Aluízio José Ferreira, assume a função interinamente. Inicialmente no cargo pelos próximos 60 dias – período de licença pedido por Moura – Ferreira se diz tranqüilo com a responsabilidade.

"Rapaz. É complicado, mas até que eu tô tranqüilo. Na época em que ele teve outro problema, também já estive nessa situação", disse. Segundo Ferreira, os processos contra Moura não passam de rixas pessoais. "Eu assisto tudo isso de fora, mas acho que é uma briga pessoal entre várias pessoas, o Moura, o Schmitt (Paulo Schmitt, procurador do STJD) e do presidente do Atlético. Me dá a impressão de que é algo pessoal contra o Moura, mas não quero entrar nessa briga".

A primeira ação de Ferreira como presidente da FPF será convocar uma reunião para discutir problemas administrativos na "casa". "Na próxima segunda-feira vou convocar todos os funcionários administrativos para tomar, caso necessário, algumas medidas disciplinares. É preciso ter mais cuidado com os documentos internos da Federação, afinal alguns dos documentos no processo de ontem eram internos e saíram daqui", disse.

Moura irá recorrer

Ferreira falou com o presidente licenciado logo após a confirmação da punição imposta pelo STJD na noite desta quarta-feira. "O Moura está tranqüilo e já disse que vai recorrer da decisão, afinal para ela cabe recurso. Foi um processo julgado pela comissão disciplinar, mas ainda pode ser julgado pelo pleno".

Por enquanto, até o julgamento do recurso de Moura ao pleno do STJD, Ferreira segue como presidente interino. O próprio Moura já disse em entrevistas que não tem interesse em voltar ao cargo, mesmo que absolvido. "Estamos por 60 dias no cargo durante o afastamento. Vamos aguardar para que nesse meio tempo o Moura seja absolvido. O Estatuto da FPF, no seu artigo 39, prevê que em vacância do cargo por mais de 60 dias haja uma reunião entre os vice-presidentes para escolher um para cumprir o mandato até o final", explicou Ferreira.

Situação do Pinheirão

Como presidente interino, Ferreira está trabalhando para anular a decisão judicial que interditou o Estádio Pinheirão nesta quarta-feira. Na opinião de Ferreira, o processo apresenta várias irregularidades. "Determinamos uma auditoria interna por uma empresa independente e vamos tomar todas as medidas e providências contra a interdição do Pinheirão".

Para Ferreira, houve um grave erro no cumprimento da decisão. "A decisão foi tomada dia 15 e a publicação aconteceu no dia 28, segunda-feira agora. Depois de publicada a decisão, começa a correr o prazo para o recurso. O mandado de interdição foi feito no da 17, ou seja, antes da publicação e isso é ilegal. Ainda temos vários erros que estamos calculando. Vamos atrás disso na segunda-feira com um agravo de instrumento".

A sede do Tribunal de Justiça Desportiva, que fica no complexo, também foi interditado. "O tribunal funciona numa parte do estádio que não tem nada a ver com a segurança das pessoas, como diz o despacho. Nesse período não teremos julgamentos de punições de atletas e outros processos. Não sei se foi um erro do oficial de justiça, mas isso está prejudicando o trabalho de muita gente", explicou Ferreira.

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