Mal deixou o campo no domingo, o técnico interino Nei Victor já pensava no seu próprio substituto. Ontem à tarde, de volta à presidência, discutia nomes para assumir a equipe do Cascavel. Fechou à noite com Ivair Censi. Caso não ocorresse o acerto, teria de comandar o time diante do líder Coritiba, quinta-feira. O inusitado acumulo de funções inclui ainda o cargo como técnico do futsal do clube. Experiência suficiente para torná-lo uma sombra a quem for contratado.
O multiuso Nei Victor estava até rouco ontem. Resultado do esforço por comandar pela primeira vez um time de campo. "O departamento de futebol decidiu que o técnico [José Guedes] não servia. Assumi o time na última hora porque não havia ninguém para comandar no domingo. Como treino o futsal perguntaram se eu ajudaria. Aceitei", conta. Foi assim também no fim de 2009, quando foi convidado para assumir a presidência e ajudar o Cascavel.
Com ele no comando contra o Rio Branco, a equipe conseguiu o seu primeiro ponto no Paranaense ao empatar em casa. Os jogadores teriam aceitado bem as recomendações do técnico-dirigente. "Nosso gol saiu em um lance de bola parada que havíamos treinado", exemplifica.
A irritação com a arbitragem, entretanto, não o permitiu concluir o trabalho no banco de reservas. "Pensei que os problemas de arbitragem eram coisa do futsal, mas é ruim no futebol também. Um absurdo, prejudicaram o nosso time. Como presidente eu perdoaria um técnico que fosse expulso nessa situação. Agi dentro da razão", justifica.
Ele também acredita que agradou a torcida. "Tenho 15 anos de experiência e sei que o torcedor de Cascavel não gosta de lenga-lenga, gosta que o time vá para frente, se esforce", explica, como um recado para Censi. "Não vou me influenciar pelas cobranças ou pela imprensa. Não podemos errar novamente", completa.
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