Marcos Malucelli começou a entrevista meio arredio, com respostas curtas. Preferiu não se aprofundar sobre temas como contratações, dispensas e o projeto rubro-negro para 2010. O dirigente, porém, se soltou quando questionado sobre as finanças do Atlético. Está feliz com a (grande) possibilidade de ter fechado 2009, o primeiro ano de sua gestão, no azul. Depois de inúmeras tentativas, o presidente do Furacão conversou na quinta-feira, por telefone, com a Gazeta do Povo.A torcida está ansiosa por reforços. No fim do ano passado o clube anunciou os colombianos Vanegas e Serna, mas parou por aí. Vem mais gente, presidente?
Sim. O (Antônio) Lopes nos pede ainda mais um atacante. E um meia.
Fala-se muito na chegada do Bruno Mineiro, centroavante do América-MG... Sou eu quem vem negociando com o América, mas está muito difícil.
Por outro lado comenta-se as saídas do Márcio Azevedo (Roma) e do Manoel (Palmeiras), por intermédio da Traffic.
Tivemos realmente uma oferta pelo Márcio, mas recusamos. Vender por pouca coisa e enfraquecer o time não vale à pena.
E em relação ao Manoel?
Não tem proposta e não vamos aceitar proposta nenhuma pelo Manoel. O Atlético atingiu um estágio que não precisa de outro clube brasileiro para chegar ao mercado europeu.
O que esperar do Atlético em 2010?
Será muito melhor do que 2009, pode ter certeza.
O Lopes falou em conquistar a Copa do Brasil... É um dos objetivos, sem dúvida. Mas queremos também o bicampeonato paranaense.
Existe uma certa expectativa em relação ao orçamento do Atlético para 2010. Como estão as finanças do clube?
Possivelmente tenhamos fechado 2009 superavitário. Conseguimos enxugar muita coisa. Só que uma coisa é o exercício de 2009, outra a situação do clube no geral. Houve um salto, sem dúvida. Se entramos em 2009 com R$ 18 milhões de déficit, agora caminhamos para o superávit. Mas, repito: não significa que zeramos tudo.
O senhor falou em enxugar despesas, quais?
Diminuímos a quantidade de jogadores, emprestando diversos atletas. Fizemos também ajustes administrativos, deixando de pagar juros. Isso nos permite dizer que em 2010 haverá um investimento maior. Como no caso desses dois colombianos. Trouxemos um jogador campeão de Libertadores (pelo Once Caldas, em 2004) e que há 20 dias foi campeão de seu país (Vanegas). Não é fácil.
Quanto foi investido na contratação do Vanegas e do Serna?
Não posso revelar nesse momento.
Esses investimentos levam em conta o provável novo patrocinador que o clube deve anunciar nos próximos dias?
Estamos avançando bem, fechando um patrocínio master (principal). Mas quando você pensa que as negociações estão concluídas, voltam a estaca zero. Por isso não dá para antecipar absolutamente nada, sob pena de não poder se cumprir.
A negociação é com a Ambev, que já patrocina o clube na Copa São Paulo?
Com a Ambev o acordo é pequeno, somente para a Copa São Paulo.
Mas o acordo pode ser estendido?
Faz parte. A Ambev é um dos envolvidos (Hypermarcas e Hipercard também estariam interessados). Patrocina a seleção, e como a seleção vai ficar aqui em maio (treinando no CT do Caju)... Estamos caminhando para alguma coisa.
Então existe a possibilidade de a Ambev ser o patrocinador master?
Estou no trânsito e não quero ser multado. Se for multado, vou mandar aí para você.
Alguma novidade em relação ao término da Arena para a Copa?
Tivemos ainda hoje (quinta-feira) uma reunião com o prefeito, estamos evoluindo nas conversas.
Que tipo de evolução?
Trazendo terceiros para nos ajudar. Teremos uma reunião em Brasília para ver o que virá do PAC da Mobilidade. Vamos mostrar o estágio do nosso estádio para que não precisemos iniciar nada em março, pedir um prazo mais adiante para o início da obra.
Então a construção não deve começar neste ano?
A obra não precisa iniciar agora. No início de 2011 está bom. O prazo para a conclusão do estádio não chega a dois anos.
E de onde virá o dinheiro, já que o clube não quer contrair empréstimos?
Está vindo aí uma isenção de impostos por parte do governo federal sobre materiais de construção. Só aí teremos uma diminuição de 20 a 25%. Se não precisarmos mudar a cobertura do estádio, o custo cai para algo em torno de R$ 90 milhões. Aí tudo fica mais fácil.
A prefeitura de Curitiba e o governo do estado podem ajudar de que forma nisso?
Colaborando na busca de investidores.
Mas existe alguma negociação em andamento?
Já... (sem revelar detalhes).
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