Apesar de disputar hoje contra a Áustria, às 22 horas (de Brasília), apenas a segunda rodada do Mundial Sub-20, os jogadores do Brasil já estão com a corda no pescoço. E o motivo disso é que o time não jogou nada no empate contra o Egito por 1 a 1 na estreia no torneio disputado na Colômbia, na sexta-feira.
O Grupo E está totalmente empatado, já que Panamá e Áustria ficaram no 0 a 0 no jogo de estreia. Um novo tropeço da seleção brasileira pode transformar o último jogo da primeira fase em uma partida dramática para a classificação. Complementando a rodada desta segunda, o Panamá encara o Egito às 19 horas.
"A pressão existe, mas vamos fazer com que ela nos motive. Não vamos nos abater. É preciso aprender com os erros daquele jogo e levantar a cabeça, recomeçar e buscar o título", afirmou Gabriel Silva. "Vamos passar uma borracha na estreia", emendou Casemiro.
Apesar da estreia fraca, em que o time foi apático e errou muitos passes, o técnico Ney Franco pretende manter o esquema 4-2-3-1, com os meias Philippe Coutinho, Oscar e Alan Patrick na armação das jogadas. Contra o Egito eles não conseguiram fazer o time render como no Sul-Americano, quando Lucas e Neymar, agora na seleção principal, eram as estrelas. "O esquema será mantido, mas precisamos de melhor rendimento técnico e mais posse de bola", disse o treinador.
Alan Patrick foi substituído no intervalo pelo atacante flamenguista Negueba, e Philippe Coutinho também foi uma decepção. O meia da Inter de Milão errou muitos passes, movimentou-se pouco e ficou devendo na armação das jogadas.
Negueba, que deu maior movimentação ao ataque, já tem sua receita para a vitória. "A Áustria tem uma escola diferente, de segurar a bola e esperar o adversário. Temos de jogar mais pelas pontas para furar a defesa e buscar a vitória."
Sem os principais jogadores do país, que não foram liberados pelos seus clubes, a Áustria entra em campo preocupada com o termômetro. Nesta época do ano, Barranquilla registra temperaturas acima dos 30ºC, com elevada umidade do ar. Um inferno para os europeus. "O futebol não seria futebol se o time grande sempre vencesse o time menor", resumiu o técnico Andreas Heraf.
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