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Mano Menezes divulgou uma lista com poucas novidades | Antonio Scorza/ AFP
Mano Menezes divulgou uma lista com poucas novidades| Foto: Antonio Scorza/ AFP

Marín desafia clubes a vetar convocação

O presidente da CBF, José Maria Marín, alfinetou os clubes que reclamam de serem desfalcados pela seleção brasileira e lançou um desafio. "Se algum clube deseja não ter mais jogadores na seleção, é só mandar um pedido. Eu posso até aceitar", disse o cartola.

Marín defendeu que ceder jogadores para o time de Mano Menezes é algo positivo para os clubes porque os valoriza para uma futura negociação para o exterior. "A vitrine dos jogadores é a seleção. O São Paulo ficou triste com a venda do Lucas? E o Inter com a do Oscar?", falou.

Sobre a convocação para os amistosos contra África do Sul e China, Marín brincou. "Conversei com o Mano e ele me mostrou a convocação. Mas ela voltou intacta", disse. Logo que assumiu o comando da CBF, em março, o presidente afirmou que desejava ver as convocações de Mano com antecedência.

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A lista

Mano Menezes convocou 9 dos 18 jogadores que ficaram com a prata na Olimpíada de Londres para os próximos dois amistosos que serão realizados no Brasil, em setembro. Houve mudanças, principalmente, no setor defensivo. O Brasil enfrenta a África do Sul, no dia 7, no Morumbi. Três dias depois, a China, no Recife.

As novidades são o goleiro Cássio, do Corinthians, e o volante Arouca, do Santos, convocados pela primeira vez. O zagueiro Rever, do Atlético-MG, já havia defendido a seleção e voltou.

O goleiro Rafael, cortado da seleção olímpica devido à lesão, não foi convocado. Os também goleiros Gabriel, do Milan, titular na Olimpíada, e Neto, da Fiorentina, deram lugar a atletas mais rodados. Jefferson, do Botafogo, e Diego Alves, do Valencia, completam o grupo para o gol.

As ausências mais marcantes foram as do meia Paulo Henrique Ganso, do Santos, que já não havia permanecido no grupo para o amistoso contra a Suécia, depois da Olimpíada, e do atacante Alexandre Pato, do Milan. Pato está machucado. Mano disse que as indefinições sobre o futuro de Ganso no Santos estão atrapalhando seu desempenho.

O treinador também evitou alimentar ainda mais a polêmica com o ex-jogador de futebol e deputado federal Romário. Questionado sobre as declarações recentes do ex-atacante, que chegou a chamá-lo de "imbecil" nas redes sociais, o técnico da seleção disse que não faria comentários, mas enfatizou que respeito mútuo é a base de qualquer relacionamento e a falta dele é prejudicial para a equipe.

"Quando ele [respeito] não existe, eu não acho que devemos considerar algo positivo para o futebol brasileiro e para a seleção. Não gostaria de fazer nenhum tipo de comentário sobre isso", disse Mano. No entanto, o treinador fez uma menção velada ao ex-jogador afirmando que não há na equipe outra motivação que não seja o futebol.

"Estamos construindo uma seleção com valores claros. Não queremos construir um time em cima de raiva, em cima de ódio. Não temos ódio de ninguém. Não temos especificamente motivação externa que não seja a nossa", ressaltou o técnico, numa referência à acusação do Baixinho de que Mano teria chamado o atacante Hulk para a Olimpíada por interesse dúbio.

Mais uma vez fora lista, o atacante Fred, do Fluminense, desabafou afirmando que não pensa em seleção enquanto Mano for o comandante. "Desde o jogo contra o México, não tínhamos centroavante. Ele botou o Lucas para jogar de costas. Fiquei no banco. Então, acho que ele não gosta do meu trabalho", opinou Fred, que divide a artilharia do Brasileirão com Vagner Love, ambos com 9 gols.

Opinião

Veja o que pensam os colunistas da Gazeta do Povo sobre a permanência de Mano Menezes na seleção:

"Mano Menezes está no fio da navalha. Ele não tem confiança da torcida. Ainda está na seleção provavelmente por causa da influência do Andrés Sánchez [diretor de seleções]. Mas não vejo no futebol do Brasil uma solução que possa ser tão melhor que ele."

Aírton Cordeiro

"É uma questão de estatística: com ele perdemos o ouro olímpico e a Copa América. Mano sucumbiu diante da Argentina, Alemanha, França e México. Não tem carisma para ganhar o Mundial. Deve sair antes da Copa das Confederações."

Edson Militão

"Mano está esquentando lugar para o Felipão, que ainda tem contrato com o Palmeiras até o fim do ano. Se não cair em janeiro, cai na Copa das Confederações. O perfil tiro-curto da Copa permite que ela seja vencida com um trabalho de 12, 18 meses, vide o Brasil de 2002."

Leonardo Mendes Jr.

"É o peso enfrentado por montar uma seleção nova. Nós exigimos que o técnico renove o time, mas quando ele faz, não temos paciência para esperar. Como ele não tem a necessidade de disputar eliminatória, está experimentando. A pressão tende a aumentar."

Luiz Augusto Xavier

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