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Maicon comemora com Paulo Henrique Ganso o gol da vitória do São Paulo sobre o Corinthians | Moacyr Lopes / Folhapress
Maicon comemora com Paulo Henrique Ganso o gol da vitória do São Paulo sobre o Corinthians| Foto: Moacyr Lopes / Folhapress

O Corinthians vai levar na bagagem para a disputa do Mundial de Clube, que começa nessa semana, no Japão, uma derrota por 2 a 1 para o time reserva do São Paulo no Pacaembu, neste domingo. Se servia como teste para o Mundial, o time alvinegro não passou na prova. Apesar de ter saído na frente, a equipe de Tite levou a virada com um gol de Douglas e dois de Maicon.

Para a torcida do São Paulo, que mandou o jogo no Pacaembu porque o Morumbi está alugado para um show de Madonna, o Brasileirão não poderia acabar de forma melhor. Os garotos da base escalados como titular foram bem, Casemiro fez uma partida irretocável e Ganso não só colaborou com duas assistências como aguentou os 90 minutos. Só Cicero, Willian José e João Filipe, que já não devem mesmo ficar para 2013, não foram bem.

Pelo lado corintiano, destaques negativos no clássico. Guerrero saiu no primeiro tempo sentindo o joelho e preocupa. Wallace falhou feio no terceiro gol tricolor e Jorge Henrique voltou a mostrar desequilíbrio, sendo expulso por agredir Casemiro.

Os dois times ainda jogam duas vezes no ano. O São Paulo entra em campo nesta quarta-feira, na Argentina, na primeira partida da final da Copa Sul-Americana. No dia 12 decide a competição no Morumbi, contra o Tigre. No mesmo dia o Corinthians estreia no Mundial de Clubes. A viagem é na madrugada desta terça.

Ney Franco surpreendeu ao escalar o São Paulo só com reservas. Até a lista de relacionados, com nove dos 11 titulares, era um blefe. Por isso, o clube chegou ao ponto de escalar Henrique Miranda para começar a partida na lateral-esquerda.

Mas o garoto havia atuado os 90 minutos da decisão do Paulista Sub-20, no mesmo Pacaembu, no sábado, sob o sol do meio-dia. Neste domingo, ele saiu esbaforido na segunda etapa, para entrar Ademilson, outro que jogou um dia antes.

De cara parecia que a escolha por reservas seria péssima para o time tricolor, que jogava como o apoio da torcida. Com Paulo Assunção suspenso, o meio-campo não tinha nenhum volante marcador. E João Filipe estava muito mal. No segundo vacilo dele, Douglas deu o bote e a bola caiu em Guerrero. O atacante fintou Edson Silva e bateu sem chances para Denis.

Isso aconteceu aos 12 minutos, mas praticamente na jogada seguinte o São Paulo empatou. Ganso brilhou pela primeira vez no novo time e descolou um passe perfeito para Douglas, no meio da zaga. O lateral, que jogava como ponta-direita, saiu na cara de Cássio e bateu rasteiro, cruzado.

Os gols acordaram o São Paulo, que passou a mandar no jogo. A virada veio aos 23. Ganso e Maicon tabelaram e este viu Cássio adiantado. Tentou por cobertura e fez um belíssimo gol.

Era a certeza de que o clássico não decepcionaria. Denis apareceu duas vezes. Numa, fez defesa incrível num chute de Douglas à queima-roupa, pegando no reflexo. Já aos 43, falhou num chute cruzado do mesmo Douglas. Jorge Henrique apareceu em cima da linha e cabeceou para a rede, mas o árbitro marcou um impedimento inexistente, anulando o gol corintiano.

Na segunda etapa, porém, o jogo caiu de rendimento. No São Paulo, Ganso cansou. Além disso, saíram os dois laterais, e Cícero e Douglas, antes pontas, foram deslocados para as laterais. Mas o melhor em campo pelo lado tricolor era Casemiro. Jogando mais perto da zaga, o volante ajudava a anular Danilo, que passou desapercebido pelo Pacaembu.

Jorge Henrique, que substituiu Guerrero ainda no primeiro tempo, voltou a aprontar. Num lance em que foi derrubado por Ademilson, acabou se chocando com Casemiro. No chão, chutou o volante, sendo expulso com justiça.

Com um jogador a mais, o São Paulo fez o terceiro. Willian José tentou o lançamento, a bola passou no meio das pernas de Wallace, em falha incrível e sobrou para Maicon, sozinho, bater na saída de Cássio para fazer o segundo dele. Depois disso, um espetáculo da torcida tricolor, que gritou olé e provocou o quanto quis os corintianos. Willian José exagerou, marcou um gol depois de o árbitro ter apitado impedimento, e foi expulso.

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