Profissionalismo em campo pesa a favor de Ariel| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Retrospecto faz Coxa anunciar tática ofensiva

Se o rendimento nas duas primeiras rodadas da Segunda Divisão tivesse sido melhor, o Coritiba iria buscar um empate na casa da Portugue sa, velho algoz alviverde. Mas a derrota no Recife e o empate com o América-MG obrigaram a equipe a ter uma postura ofensiva, em busca de três pontos no Canindé.

"A gente está indo com a proposta de recuperar os pontos perdidos em casa, eu avalio que contra o América a gente tropeçou", projetou o técnico Ney Franco. Na visão do treinador, no entanto, o confronto deve ser muito parecido com o que houve em Joinville.

"Eu vi os dois jogos deles [vitória sobre o Vila Nova-GO, 4 a 1, e derrota para o Figueirense, 1 a 2]. É um time que joga com o mesmo posicionamento com o time do América, só que com mais técnica e menos pegada", analisou Franco, que escolheu Dudu como substituto de Rafinha, suspenso.

O técnico também contou como agiu com o jogador, que comprometeu contra o Coelho ao ser expulso: "A expulsão foi injusta. O pessoal [imprensa e torcida] foi muito exagerado. Ele toma muita pancada e perdeu um pouco a cabeça. Mas conversamos sim". O Coritiba só viaja hoje à São Paulo, de avião, às 10 horas da manhã. "Tem tempo suficiente para acordar bem e descansar", respondeu Ney, quando perguntado sobre o desgaste de sair no mesmo dia da partida.

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A necessidade da primeira vitória do Coritiba na Série B do Brasileiro passa pelos pés de um jogador que vive um momento conturbado no clube: Ariel Nahuelpan.

O argentino, arma coxa-branca para tentar derrotar a Portuguesa, no Canindé, às 21 horas, foi jogado de vez em meio à fogueira da polêmica de seu contrato. O centroavante pode deixar o Coxa antes de a Copa e entre farpas trocadas, pouco se sabe do seu futuro.

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Na tarde de ontem, uma decisão da 11.ª Vara do Trabalho de Curitiba, indeferiu o pedido liminar do clube para validação do contrato de cinco anos do jogador, o que garantiria num primeiro momento a permanência de Ariel.

"Esse é um procedimento normal", rebateu o diretor jurídico do Coritiba, Gustavo Nadalin. "Eles entenderam por bem ouvir a outra parte antes de dar o parecer, o que é um interesse nosso".

A decepção pela primeira decisão desfavorável no caso só não foi maior que o mico que o vice-presidente Vilson Ribeiro de Andrade e o ex-jogador e tutor de Ariel, Eduardo Dreyer, protagonizaram no domingo à noite no programa "Balanço Esportivo", na CNT. Trocas de farpas e de responsabilidades monopolizaram a discussão sobre o caso.

"Fui me defender da agressão desse cara, tenho 40 anos de Coritiba e nunca ouvi falar nele", disse Dreyer à Gazeta do Povo. "Eles têm de achar culpados. Estão dizendo que ele tem de ficar, que o contrato é válido. Não é válido."

"Eu estava trabalhando e concordando com tudo [na renovação]. De repente mandaram uma notificação para ele [Ariel]. Eu me afastei. Ele procurou um advogado e é ‘de maior’. As decisões são dele". O vice-presidente Vilson Andrade não foi encontrado pela reportagem e Ariel não atendeu à imprensa.

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Em meio a tudo isso, o técnico Ney Franco tem de contar com o jogador em campo como principal arma para evitar que a pressão comece (ou aumente) pela situação nesse início de segundona. E talvez pensar em um time sem Ariel da Copa para frente.

"Sem dúvida. Mas isso é para ser discutido lá na frente. O retorno que eu tenho da diretoria é que o jogador não sai. Eu tenho que trabalhar nessa linha. No mínimo até essa parada ele trabalha com a gente", diz o técnico.

Franco elogiou a postura do argentino nos treinamentos e nos jogos. Disse que se perceber alteração no interesse do atleta, não terá pudor em retirá-lo do time. Demonstrou confiança no atacante, mas já se prepara para uma realidade mais dura: "Perder jogador sempre é ruim. Se segurarmos o máximo que puder aqui, temos tudo pra subir à Série A."

Ao vivo

Portuguesa x Coritiba, às 21 h, no SporTV e no tempo real da Gazeta do Povo (www.gazetadopovo.com.br/esportes).

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Veja a ficha técnica do jogo Portuguesa X Coritiba:

Em São Paulo

Portuguesa

Andrey; Maurício, Domingos e Thiago Gomes; Paulo Sérgio, Acleisson, Marcos Paulo, Henrique e Fabrício; Héverton e Malaquias.

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Técnico: Vadão.

Coritiba

Edson Bastos; Jéci, Pereira e Lucas Mendes; Angelo (Fabinho Capixaba), Marcos Paulo, Leandro Donizete, Dudu e Triguinho; Ariel e Jefferson.

Técnico: Ney Franco.

Estádio: Canindé. Horário: 21 h. Árbitro: Alício Pena Júnior (MG); Auxs.: Jair Albano Felix (MG) e Flamarion Sócrates da Silva (MG).

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