Gols devolvem tranquilidade a Marcelo
O atacante Marcelo foi das vaias aos aplausos em pouco tempo. A derrota para o Vitória na 12.ª rodada, no final de julho, ficou marcada por dois gols claros desperdiçados pelo jogador. As cobranças da arquibancada foram fortes e somente o reencontro com as redes deram tranquilidade a ele. Os dois gols anotados contra o Boa lhe renderam a titularidade contra o Barueri, quando novamente voltou a marcar.
Bom momento ratificado por Ricardo Drubscky, mesmo com o atleta tendo um desempenho abaixo do que ele esperava. "O Marcelo não foi bem no primeiro tempo [contra o Barueri]. Mas, talvez, se não tivesse sentido [dores], poderia até ter rendido mais", defendeu o treinador, que encheu Marcelo de confiança e o confirmou entre os titulares.
Além dele, o comandante atleticano saiu em defesa do companheiro de ataque: Marcão. Ele é outro que estava de jejum de gols, mas desencantou em Barueri. "É um atacante que sabe fazer gols. É um guerreiro nos treinos e nos jogos. Mesmo quando ficou sem marcar, ajudou a equipe a vencer", fechou Drubscky.
Forte candidato não apenas ao acesso no início desta Segundona, mas também ao título, o Atlético precisou se reencontrar depois de um início cambaleante na competição e emendar oito partidas consecutivas de invencibilidade para recuperar o status de favorito a retornar à elite ainda neste ano. O retorno a Curitiba e a goleada de 6 a 0 sobre o Barueri, que deixou a equipe a apenas um ponto do G4, ajudaram a recompor o papel do Furacão na Série B. E é com esse novo olhar, de um time perigoso e vivo na disputa, que o Furacão enfrenta hoje o CRB, às 15 horas, no Ecoestádio.
"Estamos nos recuperando e os adversários estão nos respeitando mais. Antes, respeitavam a camisa, o tamanho do clube, mas agora respeitam também o nosso futebol. Eles [adversários] precisam olhar para a gente com preocupação, perceber que nós estamos chegando e nos respeitar da forma que merecemos", mandou o recado o goleiro Weverton, que afirmou nunca ter tirado o Atlético do rol dos favoritos.
O respeito, tão martelado pelo arqueiro, precisou ser reconquistado aos poucos. Com o maior orçamento da Série B, entrou no torneio como o time a ser batido. Só que não embalou e viu o G4 se distanciar. A partir do retorno de Ricardo Drubscky, que pegou a equipe na 11.ª colocação, não deixou de fazer ponto em nenhum dos oito jogos seguintes seis vitórias e dois empates.
Apesar da boa sequência, o retorno à zona de acesso ainda não se consolidou, já que não contou muito com a ajuda dos concorrentes diretos. Hoje, porém, tem nova chance de reintegrar o seleto grupo. Para isso, precisa bater a equipe alagoana e contar com um tropeço do Joinville diante do ASA um empate serve ou de um revés do Goiás para o Criciúma. Aliás, se os dois perderem, pode fechar a rodada na 3.ª posição.
E, mesmo diante desse bom momento, o treinador garante que os jogadores estão com o pé no chão e cientes de que nada foi ganho até agora. Nada de salto alto. "O que me dá tranquilidade é que o grupo é muito maduro e comprometido. Não vai acontecer esse tipo de coisa [de salto alto]. A competição é difícil e se tiver algum revés não será por falta de concentração ou de pé não chão, e sim por mérito do adversário ou um dia infeliz nosso", comentou Drubscky.
A palavra título, aliás, está descartada por enquanto no CT do Caju a distância para o líder Vitória é de dez pontos. "O objetivo principal é o G4. Lógico que o Atlético tem uma estampa e sempre busca os títulos. Mas o importante agora é se solidificar entre os quatro primeiros e, depois que entrarmos, podemos voltar a pensar em algo mais", fechou o comandante.
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