Falou...
"Tem de gritar mesmo [o nome do Geninho]. Se eu estivesse na cadeira também gritaria."
Adilson Batista, técnico do Atlético.
"Quem manda é o professor Adilson e ele achou melhor [não me escalar]. A culpa não é dele, é de todos nós."
Branquinho, meia.
Um jogo de futebol, como é de conhecimento geral, se divide em dois tempos de 45 minutos. Normalmente são etapas que apresentam uma simples sequência e não necessariamente uma quebra. Não foi o caso na vitória do Grêmio sobre o Atlético por 1 a 0, ontem, na Arena da Baixada. O que se viu, ao menos do lado rubro-negro, foram períodos totalmente distintos.
Na primeira metade, o torcedor do Furacão sofreu ao ver o time trocando passes sem objetividade. Com jogadores apagados no meio de campo e um ataque inoperante, a equipe em nada ameaçou a meta gremista. Para piorar, Rafael Santos ainda fez um gol contra bisonho.
A mudança de atitude só veio depois do intervalo, quando o técnico Adilson Batista lançou mão de Branquinho e Nieto. Com os dois em campo, o time ficou mais ofensivo e cresceu de produção. O gol esteve próximo, porém os 45 minutos iniciais cobraram o seu preço.
"Hoje o primeiro tempo foi um dos piores que já fizemos. Contra o Paranavaí foi horroroso e esse foi ruim. Tivemos dificuldade e deixamos o adversário jogar. Melhoramos no segundo tempo, tivemos mais volume de jogo e poderíamos até ter vencido", disse Adilson.
Apesar da melhora da equipe que esteve em campo na metade final, o treinador é reticente em colocar essa formação na partida contra o Palmeiras, no próximo sábado, em São Paulo. "Em casa, pode [essa escalação]. Mas é preciso entender que ficamos de mano. Arrisquei porque estava perdendo. Agora vamos pensar no Palmeiras, com uma formação que dê equilíbrio", seguiu.
As derrotas nas duas primeiras partidas do Brasileirão e os dois empates com o Vasco pela Copa do Brasil já levam o Atlético a quatro jogos sem vitória. Nada que assuste o treinador, que justifica o momento ruim com a própria dificuldade das competições. "O nível é outro, o grau de exigência é maior. Mas vamos nos preparar e melhorar", garantiu Adilson.
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