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Érika nasceu em Belo Horizonte, mas, quando perguntam se é do Sul, a jogadora de voleibol não pestaneja: sim. Não que ela não entenda de geografia, mas a ligação com Curitiba é tão grande, que não há mais diferença para a atleta.

Afinal, foi com 17 anos, quando chegou à capital paranaense, que a atleta realmente nasceu para o esporte. Na época, jogava no Rexona, e fez parte do início do projeto do time feminino de vôlei que, por sete anos, teve Curitiba como sede.

Por isso, quando entrar em quadra na sexta-feira, às 18h30, no Ginásio do Círculo Militar, é bem possível que passe um filme pela cabeça da jogadora. A volta à cidade coincidirá também com o retorno à equipe que lhe projetou, o Rexona, onde será comandada pelo técnico que considera como um pai: Bernardinho. É dirigindo o, hoje, time carioca, que o treinador da seleção masculina gasta suas horas vagas.

"Passa muito rápido. Comecei junto do projeto. Nesse tempo de carreira, disputei um mundial infanto-juvenil, duas Olimpíadas, joguei na Itália, passei por todas as grandes equipes do Brasil... E agora estou de volta", lembra Érika.

Foram 11 anos entre a chegada e o retorno ao Rexona. Já a Curitiba, bem menos. Desde 2006, Érika mantém residência na capital do estado, mais especificamente no bairro Cabral. É casada com um curitibano e, depois de abandonar o vôlei, pretende não sair mais do lado do marido. Por aqui, também pretende montar um projeto social. Mas isso é coisa para daqui a, no mínimo, seis anos. "Estou com 28, mas pretendo jogar até os 34", conta.

No plano atual, a seleção não passa de um pequeno detalhe. "Penso em evoluir. Sei ainda tenho tempo. Não que voltar para a seleção não passe pela minha cabeça. Se acontecer, ótimo", afirma.

A única coisa que Érika não deve reencontrar na cidade é o Ginásio do Tarumã, palco dos dois títulos que participou com o Rexona (1997/1998 e 1999/2000) em Curitiba. Contudo, o ginásio do Círculo Militar também trará boas recordações à jogadora: foi lá a primeira partida que disputou na cidade, em 97, pela seleção brasileira infanto-juvenil.

Agora, a competição é outra: a Copa Brasil. O torneio reunirá as quatro equipes mais bem colocadas na última Superliga: Rexona-Ades, Finasa/Osasco, Brasil Telecom e São Caetano/ Blausiegel. A disputa começa na sexta-feira. Na primeira fase, todas as equipes se enfrentam. Final e decisão de terceiro lugar ocorrem no domingo.

Serviço

Copa Brasil de Vôlei, de sexta-feira a domingo, no Círculo Militar. Ingressos: pela internet (www.diskingressos.com.br) ou em quiosques nos shoppings Müeller e Curitiba. Preços: R$ 15 (inteiro); R$ 7,50 (meio).

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