A duas vitórias de confirmar o acesso à Primeira Divisão, o Coritiba terá pela frente sua sequência mais indigesta de jogos na temporada. É, ao menos, o que diz o retrospecto do primeiro turno.
Foi a partir de uma derrota em Joinville para o São Caetano (2 a 1) que o Coxa amargurou uma série de cinco derrotas nos sete jogos que fecharam sua participação na metade inicial do torneio. O Alviverde perdeu ainda para Ipatinga (5 a 1), Duque de Caxias (2 a 0), Figueirense (2 a 0) e Guaratinguetá (1 a 0). Só venceu o Bahia (2 a 0) e o Icasa (3 a 0).
"Foi um pouquinho de desatenção nos jogos... Perdemos para o São Caetano e para o Duque em casa, a gente entrou um pouco displicente", relembra o meia Enrico. A sequência, no entanto, não afastou o Coxa do G4. A vantagem era de sete pontos (atualmente é de 10) para o quinto colocado e chegou a cair para um ponto. Uma mudança no esquema tático (adotando três zagueiros) recolocou o campeão paranaense nos trilhos.
Mas o sistema de jogo não pode ser considerado o principal culpado pelos seguidos tropeços naquele período, segundo a comissão técnica coxa-branca. "Na época, era o fim do primeiro turno, jogando em Joinville, e começou a bater um desgaste físico e emocional pelo excesso de viagens. O desempenho caiu muito e começou justamente contra o São Caetano", alerta e observa o técnico Ney Franco.
Com todos os índices apontando 99% de chances de acesso (o próprio Coritiba calcula mais 5 pontos em 21 a serem disputados), a atenção total serve para que a matemática trabalhe a favor agora, na repetição da pior sequência do ano.
"A gente está trabalhando muito isso com o nosso elenco", conta Ney Franco. "Esses últimos sete jogos são os jogos da nossa vida. Cada um é uma decisão", promete o zagueiro e capitão Jéci.
Ele, que fez parte da primeira campanha pelo acesso na década, em 2007, sabe que a reta final pode ser muito perigosa se o time entrar em parafuso novamente. "Agora não tem mais espaço para erro. Estamos em outro momento, com tempo para treinar, descansando mais... Na primeira fase da competição, a gente tinha um desgaste muito grande", novamente se referindo a Joinville.
Um ano antes da chegada de Jéci, em 2006, o Coxa deixou o G4 na reta final, depois de liderar boa parte da competição, e acabou sofrendo com um decepcionante sexto lugar, deixando a vaga para o América-RN.
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