Confirmação
Esvaziada, eleição aclama nova diretoria
Sem os protestos temidos pela polícia e com um comparecimento discreto de conselheiros, a eleição do Coritiba transcorreu sem surpresas, ontem à noite. As novas mesas dos conselhos Deliberativo e Administrativo foram eleitas para o biênio 2010/11 com a presença de apenas dois terços dos 179 votantes possíveis, entre conselheiros eleitos, natos e vitalícios.
Temendo manifestações violentas e até uma reedição do quebra-quebra do último dia 6, no Couto Pereira, a polícia militar destacou oficiais, motos e carros para patrulhar as cercanias do estádio. O que se viu, porém, foram protestos esvaziados. Apenas oito pessoas compareceram à passeata combinada pela internet, para ir da Praça do Homem Nu ao Alto da Glória. Em volta do estádio, apenas 25 torcedores protestaram, mas de forma pacífica.
A primeira votação escolheu a nova mesa do Deliberativo. Em um total de 104 votos, foram 83 a favor da chapa com Omar Akel (presidente), Júlio Jacob Júnior (primeiro vice), André Gonçalves Zipperer (segundo vice), Airton Sozzi Júnior (primeiro secretário) e Francisco Bertoncello (segundo secretário). Entre brancos e nulos, 21 votos.
Para a eleição do G9, apenas 96 votos, sendo 21 brancos ou nulos e 75 pela condução de Jair Cirino a um novo mandato de dois anos. Além dele, foram eleitos Vílson Ribeiro de Andrade, Ernesto Pedroso, Márcio Schwab, Pierre Boulos, Walter Petruzziello, Fernando Ghignone, Carlos Zanetti e José Fernando de Macedo.
Um time do tamanho do orçamento do clube, e não o contrário. Com essa máxima, a nova gestão deverá começar a discutir hoje o departamento de futebol do Coritiba. A prioridade é não repetir os erros dos dois anos anteriores quando o Alviverde gastou sem ter dinheiro para pagar.
"Seguramente vamos ter de revisar a folha. Nada ainda foi discutido, mas teremos de fazer um time de acordo com o nosso orçamento e não o contrário", afirmou Carlos Zanetti, um dos novos membros do G9.
Mesmo antes de ser eleita, a nova gestão do Alviverde já começou o trabalho conjunto. O grupo se reuniu na manhã de ontem a eleição ocorreu à noite , para tratar das dificuldades financeiras. Ao final, o clima era menos desesperador do que se imaginava.
"É difícil, mas nada que não possa ser contornado", analisou Fernando Ghignone um dos preferidos para ocupar a pasta do marketing.
Mesmo com a necessidade de cortes, o G9 imagina que terá de conseguir ainda cerca de R$ 10 milhões para equilibrar o caixa e manter uma folha total por volta do R$ 1,5 milhão o que, neste ano, foi gasto apenas com o futebol. Os primeiros a deixar o clube foram João Carlos Vialle, que era diretor de futebol, e Maurício Cardoso, supervisor. Hoje, começam as discussões sobre os cortes no elenco. E até o salário da comissão técnica chegou a entrar em pauta. Por enquanto, esse deverá ser o único setor que não será mexido.
"Não há o que fazer (com a comissão). Todos têm contrato. E, para ocorrer uma diminuição, apenas se fosse em comum acordo", afirmou Vilson Ribeiro de Andrade, que está à frente do novo grupo que comporá o Conselho Administrativo embora Cirino continue como presidente. Ele completou: "Para falar bem a verdade, isso é o que menos me preocupa."
O dirigente colocou quatro prioridades para serem atacadas já no primeiro mês de gestão: a questão da interdição do Couto Pereira, a busca por recursos, a definição no futebol e uma ação de marketing para chamar o torcedor novamente para próximo do clube.
No caso do estádio, a primeira providência deverá ser o alargamento do fosso. No futebol, existe a possibilidade do retorno de Tonico Xavier mesmo assim, Felipe Ximenes, pela proximidade que tem com Jair Cirino, é o nome mais forte para comandar a área. Já sobre dinheiro, o clube espera tomar o lugar que o Vasco ocupou na Segunda Divisão, sendo o preferido da tevê, e tentará usar isso para conseguir novos patrocínios.
"Tem vaga de patrocínio na manga, nas costas... Temos de correr atrás disso, pois os valores do BMG já estão todos comprometidos", revelou Ernesto Pedroso.
Impasse sobre apoio a Lula provoca racha na bancada evangélica
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Eleição de novo líder divide a bancada evangélica; ouça o podcast
Eleição para juízes na Bolívia deve manter Justiça nas mãos da esquerda, avalia especialista
Deixe sua opinião