Uma nova investida judicial do Atlético por Dagoberto ameaça o interesse da concorrência e inaugura uma nova polêmica na desgastada relação entre o clube e o atleta. O Rubro-Negro irá interpor, na segunda quinzena deste mês, um recurso requerendo a prorrogação do valor original da multa rescisória do atacante. A medida pretende manter por mais 98 dias os R$ 16,2 milhões devidos aos cofres atleticanos em caso de transferência do jogador.
"Nosso pedido foi (para que a multa valesse) por 348 dias, mas nos foi dado 250. Nosso recurso agora será por essa diferença", explicou ontem, à Gazeta do Povo, o advogado do clube Marcos Malucelli. O prazo refere-se à lacuna deixada em 2004, quando o atleta se recuperava de uma cirurgia no joelho (e de freqüentes problemas musculares) impedindo-lhe assim de vestir a camisa do clube.
A manobra atleticana é uma ducha fria nos clubes que pretendiam contratar o atacante. Por força de lei, o valor da multa cairia para R$ 5,4 milhões no dia 29 de março, quando restaria um ano para o fim do contrato. Se o Atlético obtiver êxito nos tribunais, quem quiser contar com Dagoberto ou paga mais ou terá de esperar.
A data da possível "alforria" se estenderia para 5 de julho, quando terão transcorridas dez rodadas do Campeonato Brasileiro.
Os procuradores do atleta indicam um contra-ataque. "Não estávamos sabendo disso e é muito ruim. O clube está procurando os seus direitos, vamos respeitar a Justiça, mas também procurar o que for bom para todos", afirmou o empresário e agente do atacante, Marcos Malaquias, da Massa Sports.
"Só não entendo o motivo de tanto esforço em manter o jogador se ele não está relacionado nem no time A e nem no time B", acrescentou. O elenco foi dividido entre quem irá disputar o estadual e a equipe principal destinada à participação da Copa do Brasil.
Marco Aurélio
Além do caso Dagoberto, o movimentado departamento jurídico do Atlético se prepara para a audiência do próximo dia 19 com o atacante Marcos Aurélio. Uma liminar determinou que o atacante renove o contrato com o Rubro-Negro. Em novembro, o clube teria manifestado interesse em adquirir, por R$ 450 mil, 100% dos direitos federativos e parcela de 50% dos direitos financeiros do atleta, que pertenciam ao empresário Zemer Ongaratto e ao Bragantino. Caso não cumpra a determinação, o Atlético teria direito a R$ 6,5 milhões referentes à multa rescisória. A vitória judicial acabou com o interesse do Santos no atleta.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas