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 | Jarbas Oliveira/AE
| Foto: Jarbas Oliveira/AE

Substituições não surtem efeito

Muito questionado pelas alterações que fez contra o Ceará, com as entradas de Willian, Geraldo e Leonardo nos lugares de Tcheco, Leandro Donizete e Anderson Aquino, respectivamente, o técnico Marcelo Oliveira defendeu-se. Para o treinador, foi feito o que era necessário para buscar a vitória.

"O Tcheco já tinha falado no intervalo que estava um pouco debilitado e depois ele pediu para sair", justificou-se. "O Leandro Donizete já vem com um problema de joelho. Eu tinha que escolher um volante para sair, porque estávamos perdendo, e optei por ele. O Willian tinha entrado há pouco tempo e o Léo Gago estava bem", completou Oliveira.

Sem Rafinha, fora do time por duas semanas devido a uma lesão muscular na coxa direita, o time tinha começado em Fortaleza com Anderson Aquino.

Depois Oliveira colocou Leo­nardo, por causa da altura do atacante e por ser um definidor maior no ataque. Não deu certo e a equipe produziu menos após as substituições. A tendência é que Everton Costa, que estava suspenso, fique com esta vaga para a próxima partida. (RM)

Opinião

Golaço!

O gol de bicicleta do atacante Roger, do Ceará, foi qualquer coisa. Os mais antigos diriam: "uma pintura". Enfim, graças à jogada, sobrou quase nada para falar sobre a derrota do Coritiba.

Resultado à parte, o lance fez valer a pena o tempo gasto com a partida de Fortaleza. Já vi várias finalizações do mesmo tipo, mas essa foi especial. Teve a combinação perfeita. Merece uma placa no Estádio Presidente Vargas.

Para começar, o lançamento na medida do apoiador do Ceará era improvável. Mais improvável ainda seria o centroavante do time nordestino alcançar a bola, muito menos arriscar um arremate de costas. Depois, após encaixar a bike, Roger contou com a sorte. Sorte, sim. Uma felicidade de ver Vanderlei tocar na bola, ela bater numa trave, cruzar toda a extensão da linha fatal, bater na outra trave e entrar lentamente.

O golaço tem tudo para ser uma daquelas clássicas imagens para abertura de programas esportivos. Sem dúvida, foi um dos grandes momentos deste Brasileirão – para o azar do Coritiba. Repito, resultado à parte, imagens como esta fazem o futebol de verdade.

Sobre o desdobramento do jogo, péssimas notícias para o Coxa – e também para o Atlético. Os cearenses se afastaram da ZR e o Alviverde segue desolador fora de casa.

Rodrigo Fernandes, editor

  • Confira a ficha técnica do jogo Ceará x Coritiba
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O Coritiba poderia ter ficado a dois pontos do grupo de classificação à Libertadores. Mas, para isto, era necessário vencer fora de casa, o que novamente não ocorreu. O time alviverde foi derrotado pelo Ceará por 3 a 2 e aumentou de quatro para cinco pontos a distância para os que hoje se classificariam ao torneio continental.

O resultado atingiu ainda o outro paranaense na disputa do Brasileirão. Graças ao tropeço coxa-branca, o Atlético viu um rival direto abrir vantagem na luta contra o rebaixamento (hoje o clube está a 5 pontos para deixar a ZR).

No caso coxa-branca, continua o jejum fora de Curitiba. A última vitória foi no dia 17 de agosto, quando venceu o Santos na Vila Belmiro. Depois, foram dois empates e três derrotas. Um aproveitamento no Brasileiro de 23 % como visitante (o 5.º pior desempenho).

Para se ter uma ideia do drama coxa-branca, o desempenho como forasteiro é inversamente igual ao de mandante. Se no Couto Pereira foram oito vitórias e duas derrotas, longe do seu estádio foram oito derrotas e apenas duas vitórias.

Para piorar, o próximo adversário, o Figueirense, no domingo, também será desafiado longe do Alto da Glória. Mas o técnico Marcelo Oliveira tenta ser otimista.

"Se eu ficar pensando que fora tem acontecido assim, vou ser muito pessimista. Vamos trabalhar forte na semana para tentar ganhar o jogo", garantiu o treinador.

"Pode soar como desculpa ou um discurso repetitivo: se tivéssemos um poder maior de definição poderíamos ter conseguido a vitória", alegou Oliveira.

"Não foi o que esperávamos, mas estamos na briga. Podemos até perder, mas não podemos desistir do trabalho e do nosso objetivo", seguiu o técnico.

Entre os jogadores, o abatimento após conseguir empatar o jogo duas vezes, com dois gols de Bill, e ainda sair derrotado era evidente. Porém, no discurso, o fato de o Coxa ter permanecido em 9.º lugar foi enaltecido pelo zagueiro Lucas Mendes.

"Não teve estrago algum. Continuamos na mesma posição na tabela e temos que buscar uma vitória no jogo dificílimo contra o Figueirense", avaliou o zagueiro.

O fato de o próximo adversário ter vencido o Santos por 3 a 2, na Vila Belmiro, foi lembrado pelo volante Léo Gago. "Eles vão vir muito motivados, ganharam do Santos. Mas é possível vencer", apostou o jogador, deixando a esperança para o torcedor de ver o seu time brilhar também longe do Couto Pereira.

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